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BR-319:Dnit diz que 100% da rodovia só em quatro anos

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), confirmou que apenas um dos quatro lotes do chamado Trecho do Meio, o mais crítico da rodovia, deve ter projeto concluído ainda este ano e que a recuperação total da BR-319 levaria cerca de quatro anos.

Após a conclusão dos projetos, estimada para o final de 2022, poderá haver previsão dos custos, mas a estimativa é de R$ 1,5 bilhão dos cofres públicos para finalizar a estrada.  

A informação foi anunciada na última quarta-feira (23), durante audiência pública sobre a conclusão da rodovia. Participaram do encontro o deputado federal Sidney Leite (PSD-AM) e representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério de Infraestrutura.

De acordo com o diretor de Licenciamento Ambiental do Ibama, Jonatas Trindade, o órgão tem atuado de forma intensa e priorizado o processo da BR-319. Ele explica que o instituto ainda aguarda informações complementares de um estudo de impacto ambiental apresentado pelo Dnit, em meados de 2020. 

Segundo Trindade, o Ibama aceitou o estudo, mas indicou a necessidade de acréscimo de dados pelo Dnit. Trindade ratificou que caso o Dnit forneça todas as informações adicionais solicitadas, será possível ter um parecer quanto ao licenciamento ambiental ainda este ano.

Os quatro lotes totais do Trecho do Meio – o Lote Charles -, que corresponde a uma extensão total de 400 quilômetros, não têm perspectiva de término das obras antes de 2022, quando encerra esta gestão do governo federal.    

Ao confirmar que dará celeridade nas respostas dos questionamentos do Ibama, o diretor-geral do Dnit, General Antônio Leite dos Santos Filho, também ressaltou que os projetos de reconstrução do chamado Lote C estão em fase final de avaliação e aprovação, com previsão para início da drenagem no mês de julho e terraplanagem prevista para agosto.  

O trecho total do Lote C previsto para ser recuperado pelo Dnit possui 51,8 quilômetros. Sidney Leite questionou a morosidade no envio das informações pelo Dnit e reforçou a necessidade do licenciamento ambiental ainda para este ano.

Aberta em 1976, com o objetivo de propiciar a ocupação da Amazônia e garantir o controle estratégico da área, a BR-319 foi entregue pelo Governo Federal com os 885 quilômetros totais de extensão totalmente pavimentados.

Ela se manteve em boas condições de trafegabilidade até o início dos anos 1980, chegando a condição crítica por volta de 1988.

Atualmente, mais de 400 km da rodovia, que liga Porto Velho a Manaus e passa por outros 13 municípios da região amazônica, não apresentam mais asfalto. 

A BR-319 deve ser um exemplo para o País e para o mundo de que é possível fazer uma obra de engenharia dessa magnitude dentro da floresta amazônica, com responsabilidade ambiental, com respeito à legislação ambiental”, disse Marcelo Vieira, secretário Nacional de Transportes Terrestres

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