Nos últimos dois anos, o Brasil registrou um aumento nos gastos militares acima da média mundial, e saltou de 13º, em 2016, para 11º no ranking dos países que mais investem no setor. Entre os países americanos, o Brasil fica atrás apenas dos Estados Unidos. Os números são do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri).
Na última década, os gastos militares do Brasil cresceram 17%, no total. Em 2008, o ex-presidente Lula e Nikolas Sarkozy, então chefe de Estado francês, assinaram um acordo para transferência de tecnologia em produção de submarinos que, dez anos depois, resultou no lançamento de dois submarinos produzidos no país: o Riachuelo, no ano passado; e Humaitá, lançado este ano, já no governo Bolsonaro.
Em 2014, o governo brasileiro comprou 36 caças Gripen da empresa sueca Saab para reequipar a frota da Aeronáutica. O contrato previa um pagamento de cerca de US$ 4,05 bilhões, em valores atuais, para o desenvolvimento e a produção das aeronaves.
Ainda na década de 1990, o governo destinou US$ 1,4 bilhão no Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), o maior investimento individual na área de Defesa. O sisema foi finalmente inaugurado em julho de 2002 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Este ano a Força Aérea Brasileia adquiriu 28 aviões cargueiro KC 390 produzido pela Embraer, o maior feito na América Latina. A FAB gastou R$ 7 bilhões no desenvolvimento e compra do modelo.
Em sua visita ao Oriente Médio, o presidente Jair Bolsonaro esteve na capital dos Emirados Árabes, Abu Dhabi, onde afirmou que a América Latina precisa estar estável. Ninguém quer um Brasil belicoso, mas temos que ter o mínimo de capacidade de dissuasão.
“Ninguém quer um Brasil belicoso, mas temos que ter o mínimo de capacidade de dissuasão”, justificou o presidente afirmando ainda que as forças armadas brasileiras foram esquecidas nesta área por 30 anos, desde o governo Fernando Henrique Cardoso .