
De acordo pesquisa PNAD Covid-19, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (23), 14 milhões de pessoas estavam sem trabalho no país em novembro. Com isso, a taxa de desocupação que era de 13,8 milhões em outubro, alcançou o maior valor da série histórica da pesquisa, iniciada em maio. Em termos percentuais, esse número chegou a 14,2%.
“Esse aumento da população desocupada ocorreu, principalmente, na região Nordeste. Nas demais regiões ficou estável, sendo que no Sul houve queda na desocupação”, disse Maria Lucia Viera, coordenadora da pesquisa.
Mesmo com o quadro histórico de desemprego, o país conseguiu abrir 414.556 vagas de trabalho com carteira assinada também no mês de novembro deste ano. Resultado de 1.532.189 admissões e 1.117.633 desligamentos, o número é 6,4% maior que as vagas abertas em outubro, o que sinaliza a continuidade da recuperação do mercado de trabalho.
No entanto, a comparação mostra um fôlego menor ao observado em setembro, que registrou alta de 26,8% ante o mês anterior. Os números foram divulgados pela Secretaria de Trabalho nesta quarta-feira (23).
Além de ser o melhor resultado entre todos os meses da série histórica, iniciada em 1992, foi o quinto mês positivo depois de quatro meses consecutivos de saldo negativo, consequência da pandemia de Covid-19.
Por setores e regiões
Em novembro, apenas o setor agropecuário registrou saldo negativo. A abertura de empregos formais foi liderada pelo setor de serviços, que criou 179.261 postos de trabalho. Em segundo lugar está o setor de comércio, com 179.077.
Por outro lado, no acumulado de janeiro a outubro, os dois setores, de serviços e de comércio, foram os únicos com saldo negativos de 98.348 e 53.835, respectivamente. No ano, a construção civil é o destaque com a criação de 157.881 trabalhos.
De acordo com o ministério da Economia, todas as cinco regiões do país tiveram saldos positivos. O destaque, no entanto, ficou no Sul do país, que criou 92.610 empregos. Em seguida, está a região Nordeste, com 71.879 novas vagas.
No acumulado do ano, a região Sudeste liderou as demissões, com um total de 47.810 empregos perdidos. Também é a única região do país com saldo negativo no período.