
O Airbus A330neo da Azul Airlines equipada com contêineres especiais para trazer de volta de Mumbai dois milhões de doses da vacina do Serum Institute of India e chegar ao país em 16 de janeiro pode ter seu plano de voo alterado.
O Brasil parece ter se precipitado na logística para trazer a vacina da Covid-19 da Índia. Nesta quinta-feira (14) o governo indiano deixou claro que as decisões sobre o fornecimento a países estrangeiros levarão mais tempo.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Anurag Srivastava, disse que o país ainda está avaliando a possibilidade de exportar doses de imunizante produzidos em seu território e que é “muito cedo” para dar uma resposta.
Srivastava participava de uma coletiva de imprensa semanal quando foi perguntado sobre a exportação, antes do Airbus da Azul decolar de Guarulhos para Recife, de onde seguiria nesta sexta-feira (15) com destino a Mombai.
“Você deve lembrar que o primeiro-ministro da Índia disse na semana passada que a capacidade de produção e fornecimento indiana para vacinas será usada para o benefício de toda a humanidade. E como você deve saber o processo de vacinação está apenas começando na Índia, é muito cedo para dar uma resposta específica sobre o fornecimento a outros países, sobre como ainda estamos avaliando a produção que devemos usar e a entrega. Isso deve demorar algum tempo’, informou Srivastava.
Embora o porta-voz não tenha falado especificamente do Brasil, a pergunta dos jornalistas presentes citava o envio do avião brasileiro. A aeronave saiu de Viracopos, em Campinas (SP), e fez escala no Recife.
A partida da capital pernambucana, no entanto, foi adiada para amanhã às 23h.