Portal Você Online

Brasil firma parceria para testar spray nasal contra Covid

Anúncio foi feito por assessor especial da Presidência. Ainda não foram indicadas datas para início dos testes em território brasileiro

O governo brasileiro fechou acordo para testar a segunda e a terceira fases do spray nasal EXO-CD24 no Brasil. A informação foi antecipada pelo assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Filipe G. Martins, no Twitter.

Martins integrou a missão diplomática brasileira enviada a Israel no último sábado (6) para o conhecer o spray, que está sendo estudado para tratamento da Covid-19. A comitiva enviada ao país foi composta por 10 pessoas e chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

O medicamento é a nova aposta do governo federal para o combate à Covid-19 — o composto ainda não tem eficácia comprovada contra a doença causada pelo novo coronavírus. A medicação, desenvolvida pelo Centro Médico Ichilov de Israel, originalmente foi apresentada para combater o câncer de ovário.

“Abrimos o caminho para que o Brasil seja o principal parceiro na 2ª e na 3ª fase dos testes do EXO-CD24, bem como no desenvolvimento, aprimoramento e produção deste spray nasal que vem se mostrando muito promissor no tratamento de casos graves de Covid-19”, escreveu Filipe Martins.

Ainda não foram indicadas datas para início dos testes do spray em território brasileiro. Na primeira fase de testes, a substância EXO-CD24 foi administrada a 30 pacientes cujas condições eram moderadas ou piores, e todos os 30 se recuperaram — 29 deles em três a cinco dias.

O estudo conduzido em Israel foi preliminar e não comparou a droga a um placebo. Também não esclareceu a idade dos envolvidos no experimento. Por isso, ainda são necessários mais testes para comprovar a eficácia da droga contra o novo coronavírus.

Vacinas – O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também acordou com o governo israelense o compartilhamento de dados sobre o uso da vacina da Pfizer/BioNTech em Israel. Além das doses da Pfizer, o país também contou com vacinas da Moderna. Segundo o assessor internacional do Planalto, a iniciativa tem a finalidade de garantir maior segurança para os brasileiros que optarem por se vacinar.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente o registro definitivo do imunizante da Pfizer. No entanto, o governo brasileiro ainda negocia a aquisição de doses da vacina da farmacêutica norte-americana.

 O presidente Bolsonaro se reuniu, na segunda-feira (8), com representantes da farmacêutica norte-americana para negociar a antecipação de 5 milhões de doses do imunizante, totalizando 14 milhões de unidades da proteção contra a doença no primeiro semestre de 2021.

Israel, por outro lado, está com sua campanha de vacinação em estágio avançado. Segundo o site Our World in Data, 58,2% da população israelense já recebeu ao menos uma dose da vacina.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *