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Brasil lança segundo submarino ao mar

Presidente Bolsonaro visitou o USS Vermont, mais novo submarino dos EUA que veio ao Brasil participar do lançamento do S-BR Humaitá

A Marinha brasileira incorporou na sua frota, na manhã desta sexta-feira (12), o submarino Humaitá, o segundo da classe Riachuelo, que integra o ProSub – projeto de fabricação de cinco embarcações desse tipo, uma delas nuclear.

O Humaitá foi lançado ao mar no Complexo Naval de Itaguaí, onde fica a base brasileira de submarinos, com a presença do presidente Jair Bolsonaro.

Além do lançamento do S-BR Humaitá, que entra na fase de testes, haverá a integração dos módulos do terceiro submarino do programa, o S-BR Tonelero.

A primeira unidade do projeto, o Riachuelo, está realizando testes de imersão e plataforma, onde são analisadas a navegação, manobras, propulsão e funcionamento do leme.

O programa de submarinos, lançado em 2008, prevê investimento total de R$ 37,1 bilhões, incluindo quatro submarinos de propulsão convencional — com motores diesel-elétricos de fabricação francesa — e uma quinta embarcação de propulsão nuclear, com previsão de entrega em 2031, que colocará o Brasil no clube dos cinco países que possuem esse tipo de submarino.

O desenvolvimento nuclear cabe exclusivamente ao Brasil, em um projeto de alta complexidade, iniciado em 2012. Até agora, a Marinha já investiu R$ 20,8 bi no ProSub. Todos os submarinos são equipados com torpedos de alta precisão, minas e mísseis SM 39 Exocet.

Atualmente, o Brasil dispõe dos submarinos da classe Tupi para fiscalizar e proteger uma costa de 7.367 quilômetros sob as águas. As cinco unidades foram compradas da Alemanha, nos anos 1980. Porém, hoje, além das diferenças de performance em relação aos novos — a profundidade máxima da classe Tupi, por exemplo, é de 270 metros, contra 300 metros dos atuais.

Submarino nuclear

O ProSub também contempla o que pode ser chamado de um projeto à parte dentro do programa. Um terço de todo investimento bilionário é direcionado ao desenvolvimento do chamado SN-BR, o primeiro submarino de propulsão nuclear do Brasil, um tipo de equipamento que integra a frota de um seleto grupo de nações, como Estados Unidos, China, Reino Unido, França e Rússia.

Entre as diferenças mais importantes, além da velocidade, enquanto o S-BR fica submerso por um pouco mais de dois meses, o SN-BR poderá ficar em operação por tempo indeterminado. A estimativa é que missões com esse tipo de equipamento possam ocorrer por até um ano.

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