
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a vacinação contra Covid-19 no Brasil com o imunizante desenvolvido pela Pfizer/BioNTech pode começar entre dezembro e janeiro, se a farmacêutica Pfizer conseguir uma autorização emergencial junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ainda de acordo com o ministro, a vacinação ainda neste mês depende também de a empresa conseguir “adiantar” uma entrega de doses.
A vacinação seria em caráter emergencial e atenderia uma pequena quantidade de pessoas, ressaltou o chefe da pasta.
Reino Unido – A vacina da Pfizer começou a ser aplicada no Reino Unido nesta terça-feira (8). No mesmo dia, o governo brasileiro anunciou termo de intenção para comprar 70 milhões de doses da empresa. “Estamos fechando o memorando de entendimento com a Pfizer. É a vacina que está mais adiantada, mas mesmo ela ainda não tem registro”, afirmou.
O ministro não descartou que isso aconteça também com as candidatas da AstraZeneca/Oxford ou do Instituto Butantan. Pazuello garantiu que, se a Coronavac receber o aval da agência reguladora, ela será usada no plano de imunização. “A vacina que estiver registrada na Anvisa e garantida sua eficácia e segurança será comprada e distribuída para todos os brasileiros”, afirmou.
Plano de Vacinação – O ministro disse que a vacinação será incluída no Programa Nacional de Imunização e usará a mesma logística já operacionalizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
“O SUS trabalha de forma tripartite, com estados e municípios, e cada um já tem sua função dentro desse programa”, disse. Ele detalhou que o governo federal distribuirá as doses, por via aérea e rodoviária, até os estados.
Então, será responsabilidade estadual distribuir entre as cidades e os municípios executariam, efetivamente, a vacinação. “O plano, em tese, envolve três níveis de governo e isso faz com que a velocidade das ações seja a mais rápida possível”, afirmou.
O ministro também afirmou que não deve haver ação individualizada de vacinação nos estados. “O governo federal, o SUS, é o responsável pelo PNI. Não haverá ação individualizada em estados. Isso nos enfraquece”, disse.
“Nós vamos trabalhar para que isso não aconteça. De que forma? Oferecendo a vacina, garantindo que a vacina chegue e governadores/prefeitos tenham essa segurança. Não é por imposição, é por garantia”, completou.