
Em cerimônia rapida e restrita aos familiares e amigos, o ex-prefeito de São Paulo foi enterrado no jazigo da família no Cemitério de Paquetá, na região central de Santos (SP), às 18h deste domingo.
Antes do sepultamento na sua cidade natal, o ex-prefeito paulista foi velado na sede da Prefeitura de São Paulo. Ás 14h30 o caminhão do Corpo de Bombeiros saiu e percorreu a Avenida Paulista acompanhado de centenas de pessoas a pé e seguiu até a cidade de Santos, a 85km da capital.
No Cemitério do Paquetá está enterrado há 20 anos o avô de Bruno, o ex-governador de São Paulo Mário Covas, também vítima de câncer.
“Bruno nos deixa o exemplo de superação, de admirável espírito público e de amor à vida e às pessoas”, declarou o prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB). Covas é o primeiro prefeito da capital paulista a morrer durante o mandato.
Homenagens
O corpo de Covas chegou ao Edifício Matarazzo, sede da prefeitura, no centro, às 13h12, sob aplausos de populares. A breve cerimônia pública foi restrita a pessoas próximas.
O velório, marcado pela celebração de uma missa, aconteceu no hall monumento do prédio, localizado no terceiro andar.
O caixão com o corpo do prefeito deixou o hospital Sírio-Libanês, onde estava internado desde 2 de maio, no começo desta tarde. Sua morte foi confirmada às 8h20 desta manhã. Populares acompanharam do lado de fora o último adeus a Covas.
Missa
Iniciada às 13h37, a missa de despedida do prefeito Bruno Covas durou cerca de 40 minutos. Conduzida pelo padre Rosalvino, amigo da família há décadas, a cerimônia contou com a presença de menos de 20 pessoas.
Entre os convidados estavam os pais do prefeito, Pedro Lopes e Renata Covas, o filho Tomás, de 15 anos, e Ricardo Nunes (MDB), vice-prefeito que assumirá a gestão da cidade.
Durante a missa, o pároco recordou a memória dos avós de Bruno Covas, o ex-governador Mário Covas, vítima de câncer em 2001, e Lila Covas, falecida em março de 2020.
“Missão cumprida, missão encerrada. Guerreiro, honesto como o avô Mário Covas. Na hora da firmeza, usou a firmeza. Na hora da tranquilidade e da simplicidade, ele usou também essas ferramentas”, disse o padre Rosalvino.
Histórico
Eleito vice-prefeito de São Paulo em 2016, Covas assumiu a gestão em abril de 2018, após João Doria (PSDB) disputar e vencer a eleição para governador. Bruno Covas se reelegeu em novembro de 2020, depois de superar seu adversário, Guilherme Boulos (PSol), com 59,38% dos votos dos eleitores paulistanos.
Seu primeiro cargo na política foi como deputado estadual por São Paulo, em 2006. Ele se reelegeu para o segundo mandato em 2010, com a maior votação do estado.
Covas também foi secretário de Meio Ambiente e deputado federal. A vida política de Bruno Covas foi ligada ao PSDB, partido fundado por seu avô.
Ele se filiou ao partido aos 18 anos, onde foi secretário, presidente estadual e presidente nacional da juventude tucana. Em 2004, iniciou a carreira política ao se candidatar vice-prefeito de Santos, mas perdeu as eleições.