Jânio aparece em uma das últimas fotos feitas de Dom Phillips com vida, segundo a investigação, como mostra foto registrada em reprodução da Reprodução/Globoplay.

Jânio Freitas de Souza, apontado como braço direito do mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, foi transferido para a sede da Polícia Federal, em Manaus. A transferência aconteceu na noite do domingo (21), após ele ser preso, em Tabatinga, interior do Amazonas, no dia 18 de janeiro.
Segundo a Polícia Federal, o homem será indiciado pelo duplo homicídio e por ocultação de cadáveres. Jânio estava cumprindo regime semiaberto há três meses.
A PF informou ainda que pediu a transferência para presídio federal de Jânio e de Ruben Dário da Silva Villar, o “Colômbia”, mandante dos assassinatos, por conta do risco de fuga e risco à integridade física e psíquica dos investigados.
Além deles, os outros investigados pelo crime também devem ser transferidos para presídio federal.
Prisão de Jânio Freitas
Segundo a PF, Jânio chegou a ser preso por pesca ilegal, no dia 5 de agosto de 2022, um mês após os assassinatos de Bruno e Dom. Há três meses o suspeito respondia pelo crime em liberdade.
O pedido de prisão de Jânio foi feito após a PF identificar que ele estava coagindo testemunhas do caso e estar interferindo no andamento do processo contra ele e “Colômbia”.
Em setembro de 2022, dois meses depois dos crimes, a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) publicou que o pescador era funcionário temporário da Prefeitura de Secretaria de Interior de Atalaia do Norte, onde ocupava a função de auxiliar de serviços gerais.
De acordo com a entidade, que investiga crimes contra jornalistas, mesmo preso, Jânio continuava recebendo salário da prefeitura. Ainda segundo a reportagem, em julho daquele ano, o pescador recebeu salário de R$ 1.212,00.


