A Justiça Federal transferiu Amarildo da Costa Oliveira, o ‘Pelado’, para um presídio federal de segurança máxima devido a suspeit de queima de arquivo’ e negou um pedido da defesa para que o envolvido no caso fosse mantido em presídios de Manaus. Ele confessou participação no assassinato do indigenista Bruno Perreira e do jornalista inglês, Dom Phellips, em junho no Vale do Javari, no município de Atalaia do Norte, no Amazonas.
A decisão de transferência de “Pelado” para um presídio federal de segurança máxima é do dia 3 de outubro pelo juiz Fabiano Verli, da Vara de Tabatinga. O magistrado apontou indícios e “receio de queima de arquivo”.
“O crime é da competência do setor federal e presídios federais existem para isso. Por outro lado, havendo o justo receio de queima de arquivo (um receito justo, repito), também não vejo qualquer inconveniência relevante na transferência para uma instituição federal”, escreveu Verli na sua decisão.
No pedido, a defesa de Amarildo também alertou a Justiça Federal sobre um possível cerceamento dos direitos do suspeito por parte da Polícia Federal, como o de depor na presença dos advogados. Para o juiz, a decisão de transferir Amarildo também vai ajudar a apurar as denúncias.
“Para se evitarem situações de dúvida quanto à correção da atuação da PF, determinei a ida, pelo menos de Amarildo, para um presídio federal”, disse o juiz.
A defesa, no entanto, é contra a transferência de Amarildo para um presídio federal. Segundo os advogados, a medida é para “satisfazer o ego da representante do Ministério Público Federal e dos delegados da polícia federal que atuam neste caso”