
Despertando os alunos para a importância de uma convivência respeitosa, as escolas Pinocchio Centro Educacional e Colégio Martha Falcão, pilares das Instituições de Ensino Nelly Falcão de Souza (INFS), dedicam esta semana a intensificar a luta contra o bullying. Mergulhando em atividades lúdicas, reflexões profundas e dinâmicas envolventes, as unidades de ensino demonstram um compromisso que vai além do discurso, plantando sementes de empatia e respeito no coração de seus alunos.
No universo colorido da Educação Infantil do Pinocchio, a psicóloga Carolina Monteiro ilumina a estratégia delicada e eficaz utilizada com os pequenos. Através de atividades que exploram a individualidade diante do espelho, as crianças são convidadas a celebrar a beleza da diversidade. “Olhamos no espelho e vemos como cada um é único: cores dos olhos, cabelos diferentes… E mostramos como o colega também é especial, com seus próprios gostos e características”, explica Carolina.
A partir dessa percepção visual das diferenças, o trabalho se estende ao respeito pelo próprio corpo e pelo do outro, construindo alicerces para relações saudáveis. Histórias encantadoras e desenhos expressivos também se tornam ferramentas poderosas para fomentar a empatia e internalizar limites essenciais para a vida em comunidade. “De forma indireta, trabalhamos o que pode e o que não pode ser feito, como empurrar, bater ou falar coisas desagradáveis. Nossa linguagem é muito visual, com atividades lúdicas e músicas que celebram a singularidade de cada um”, complementa a psicóloga.
No Colégio Martha Falcão, a jornada de conscientização ganha novas nuances, adaptadas às diferentes fases do desenvolvimento. Para os alunos do Ensino Fundamental, a psicóloga Ariane Batista Nunes apresenta o livro “Ernesto”, uma obra sensível que aborda o bullying de maneira sutil, através de imagens e frases concisas. “O livro tem um texto leve, mas profundo, e suas ilustrações ajudam os alunos a compreender as emoções do protagonista, inspirando empatia, inclusão e respeito”, detalha Ariane.
Como um gesto simbólico de apoio e amizade, cada aluno recebeu uma flor para escrever mensagens positivas ao “Ernesto” da história. Essas flores coloridas adornam o “Jardim do Ernesto”, um painel que floresce nos corredores da escola, materializando a importância dos laços afetivos.
Já com os adolescentes do Ensino Médio, a abordagem se torna mais analítica e participativa. Uma simulação de programa de TV é o palco para debates críticos sobre o bullying, estimulando a identificação com as vítimas e a busca por soluções. A exibição de curta-metragens impactantes serve como ponto de partida para rodas de conversa guiadas por perguntas que incitam a reflexão: “Como vocês definiriam bullying?”, “Já vivenciaram algo parecido?”, “O que poderia ter sido feito diferente?”.
Outra atividade é a dinâmica “o impacto das palavras no tempo”, que convida os alunos a confrontarem o poder destrutivo de comentários negativos. Em tiras de papel, eles registram frases dolorosas que já ouviram ou proferiram, construindo uma linha do tempo das mágoas. O exercício culmina na transformação dessas palavras ferinas em mensagens e atitudes positivas, ressignificando o passado e pavimentando um futuro de comunicação mais gentil.
A força motriz por trás dessas iniciativas reside na convicção de que o combate ao bullying é uma maratona, não uma corrida de curta distância. Para Nelly Falcão de Souza, gestora das INFS, essa semana de ações intensificadas é um reflexo de um trabalho contínuo e enraizado na cultura das instituições.
“Acreditamos que construir um ambiente escolar seguro e acolhedor é uma responsabilidade diária. Durante esta semana, reforçamos nossas ações e oferecemos aos nossos alunos ferramentas valiosas para identificar, prevenir e combater o bullying em todas as suas formas. Nosso compromisso é cultivar a empatia, o respeito e a compreensão em cada interação, para que nossas escolas sejam verdadeiros espaços de aprendizado e crescimento para todos”, enfatiza a educadora.