Bombeiros receberam informações de um material parecido com um paraquedas próximo ao Porto Chibatão, onde as mergulhadores concentram a busca neste domingo
Uma força-tarefa coordenada pelo Corpo de Bombeiros do Amazonas segue no terceiro dia de buscas pelo advogado e paraquedista Luiz Henrique Cardelli, que desapareceu na última sexta-feira (15), após ser surpreendido por uma tempestade durante um salto no Aeroclube de Manaus.
Luiz Henrique é paranaense e estava na cidade a trabalho quando decidiu fazer o salto com um grupo de outras 13 pessoas.
As condições do tempo mudaram repentinamente e ele e outros três paraquedistas foram levados pelo vento para a Zona Oeste da cidade a 5km do local do pouso. Dois foram resgatados na no bairro da Compensa e a empresária de Carauari (AM), Ana Caroline da Silva, 26 anos, foi encontrada morta no Rio Negro, no Cacau Pirêra, distrito de Iranduba, na região metropolitana de Manaus, ontem (16).
O comandante dos Bombeiros, coronel Orleiso Muniz, pede que informações sobre a queda do paraquedista possam ser feitas pelo número de emergência do Corpo de Bombeiros 193.
Encontrado vivo –
Um militar do exército, Felipe Filgueiras Frias Gomes que também fazia paraquedismo no dia do temporal foi resgatado com vida por pescadores.
O pastor Jorge Freitas e outros três homens encontraram ele enrolado no paraquedas. De acordo com o pastor, não estava nos planos dele ir pescar na sexta-feira (15) o que definiu como “milagre de Deus”.
Nas fotos os homens junto com Felipe estão em uma canoa debaixo de um abrigo devido o forte temporal.
“ Agradeço ao senhor e seus amigos, porque se não fosse vocês, provavelmente eu não sairia dessa. Eu aguentei até onde pude. Quando vocês chegaram eu estava sem força. Provavelmente aquele galho que eu consegui chegar, não iria aguentar o peso do paraquedas e o peso do meu corpo. Eu lutei até onde deu, e graças a Deus vocês conseguiram me encontrar. Eu não tenho palavras e nem como agradecer o que vocês fizeram por mim. Valeu mesmo”, diz Felipe.
Para explicar sobre a autorização do voo onde estavam os paraquedistas que foram levados pela ventania de sexta-feira (15), a diretora jurídica do Aeroclube do Amazonas, Eliane Melo, disse no sábado (16), que as solicitações são autorizadas pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).
“O aeroclube é gestor do aeródromo de flores, que comporta cinco escolas de paraquedistas distintas em atividade, e cada escola tem seu grupo de atletas e cada escola responde pelo saltos”, afirmou Eliane.
A diretora explicou ainda que nenhuma das escolas possui avião próprio, então os atletas se reúnem e contratam seu voo particular. E é necessário ter um plano de voo que precisa ser autorizado pelos órgãos competentes.
“Quem autoriza o voo são os órgãos de controle, que nesse caso, passa pelo Cindacta, e a gente acredita que tudo isso tenha sido feito obedecendo a todos os procedimentos”, finalizou.