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Caixa reduz juros para compra da casa própria e renegocia dívidas

Novas taxas de juros entram em vigor em 10 de junho. Renegociação de dívidas deve beneficiar 600 mil famílias.

A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta quarta-feira (5), em Brasília, a redução nos juros nos financiamentos imobiliários, com entrada em vigor a partir de 10 de junho, próxima segunda-feira. O banco afirmou ainda que os clientes com o financiamento atrasado poderão renegociar suas dívidas.

A partir da segunda, as taxas do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e do Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) terão a mesma variação. Os juros mínimos nas duas modalidades serão de 8,5% ao ano, enquanto os máximos passarão a ser de 9,75% anuais. Até agora, o SFI cobrava taxas de 9,75% a 11,25% ao ano. Já o SFH custava entre 8,75% e 9,75% anuais. 

A principal diferença entre os dois sistemas é que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) só pode ser usado na operação no SFH. O financiamento serve para imóveis novos, usados, aquisição de terreno, construção de terreno próprio, reforma e ampliação. 

As ações, no entanto, não valem para o programa Minha Casa Minha Vida. 

Renegociação de dívidas com a Caixa

Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, a Caixa fará um programa para renegociação de dívidas para clientes que estão com problemas no financiamento imobiliário. De acordo com a instituição, a medida deve atingir cerca de 600 mil famílias, beneficiando 2,3 milhões de pessoas. A medida já está valendo, e o atendimento é possível nas agências e outros canais.


As condições vão depender da situação do contrato, do valor, da cota de financiamento e da quantidade de prestações já pagas. A renegociação não tem período para acabar e envolve todos os contratos da Caixa, inclusive os do programa Minha Casa, Minha Vida.

Ao todo, há R$ 10,1 bilhões que são devidos pelos clientes ao banco. Guimarães estima que entre R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão devem ser devolvidos em 2019. A Caixa informou que há 5,2 milhões de contratos ativos de crédito imobiliário, ou seja, 11% da carteira têm algum tipo de problema de atraso. 

Facilidades

Guimarães ressaltou que a haverá uma série de iniciativas para facilitar a quitação do bem. Por exemplo, famílias que tiverem atrasos recorrentes poderão ter a condição de pagar uma prestação e incorporar o restante da dívida nas mensalidades que faltam.


“Basicamente, o coração da proposta é: se estiver atrasado três, quatro, seis, 10, 15 meses, a pessoa paga uma prestação e o saldo é incorporado no resto da sua dívida”, disse. “Isso ajuda muito porque aumenta pouquíssimo a prestação nas nossas simulações, entre R$ 20, R$ 40, R$ 50, e evita que a pessoa tenha que pegar empréstimo de 20% ao mês para se normalizar”, completou. 


Para Guimarães, a medida vai ajudar a população brasileira a manter o bem financeiro mais valioso e permitir uma recomposição da renda para as famílias. “Nós, a cada semana, estamos anunciando alguma medida em prol da sociedade brasileira”, afirmou.

De acordo com Guimarães, a medida não foi adotada porque a inadimplência está elevada, mas porque a casa própria é a espinha dorsal da família em termos de bens. “A ação é para uma devolução de cidadania financeira às pessoas. O bem mais importante material para a família, nós entendemos que é a casa própria. São 2,3 milhões de pessoas que estão em atraso, e a Caixa quer evitar que percam o seu bem mais precioso. Vamos ajudar a pagar, porque entendemos que é um momento complexo”, disse. 

Canais de atendimento

A Caixa informa que os clientes poderão entrar em contato pelo telefone 0800 726 8068 opção 8. Também é possível entrar no site www.caixa.gov.br/negociar, ou nas contas do banco no Facebook e no Twitter. O banco também tem o aplicativo de celular CAIXA Habitação. O atendimento presencial nas agências também é uma opção para o cliente.

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