O calor intenso em Manaus aumentou o consumo de energia elétrica e causou sobrecarga no sistema de abastecimento, informou a Amazonas Energia.
O excesso ocorreu nesta quarta-feira, por volta das 21h, quando a concessionária registrou 1.709 MW, alta de 7% em relação ao estimado para este mesmo período do ano, que era de 1.600 MW. Na quarta a temperatura em Manaus atingiu 38,7ºC.
A Amazonas Energia informa que o calor extremo fez a população utilizar mais produtos para amenizar a sensação térmica.
Muitas famílias compraram novos equipamentos como ventiladores, splits, ar-condicionados, geladeira e freezers. Além disso, passaram a utilizá-los por mais tempo do que o habitual. “O comportamento atípico dos clientes levou à demanda histórica de consumo de energia em Manaus”, informou.
Em média, durante o inverno, o consumo de Manaus, cidade com população estimada em mais de 2 milhões de habitantes, é de 1.100 MW ao dia. Durante o verão amazônico, essa demanda pode chegar próximo de 1.600 MW. Em 2022, a Amazonas Energia registrou, na capital e região metropolitana, pico de 1.588 MW na noite do dia 28 de setembro daquele ano.
Ocorrências
Desde agosto aumentaram as ocorrências, solicitações de serviços pelas equipes de manutenção da Amazonas Energia.
Com a sobrecarga elétrica, ocorreram inúmeras interrupções no fornecimento em toda Manaus (com maior incidência nas zonas leste e Norte), elevando o número para 500 ocorrências, muito acima do normal.
Conforme a concessionária, mesmo com mais equipes nas ruas está levando mais tempo para atender as demandas em virtude da complexidade.
“Na noite desta quarta-feira (27), foram substituídos 15 transformadores. De abril a julho, o tempo médio de atendimento das ocorrências era de 215 minutos. A partir de agosto, o tempo se elevou substancialmente, passando a ser de 338 minutos. Em setembro, chegou a 348 minutos”, informou.
As demandas podem ser registradas pelos canais de atendimento ao cliente: call-center/WhatsApp 0800 701 3001, aplicativo e site. Estes sistemas estão disponíveis 24 horas.
A Amazonas Energia não informou se a sobrecarga gera risco de apagão.