
O comboio de quatro caminhões tanques carregados de oxigênio com destino a Manaus pela BR-319 (Manaus-Porto Velho), enfrentam a pior etapa da viagem de 696 Km de Humaitá (AM) até o Careiro Castanho (AM): o trecho do meio, também conhecido como Charles, onde os atoleiros provocados pela chuva são praticamente instransponíveis e apenas vencidos com muito sacrifício e, muitas vezes, somente com a ajuda de tratores.
Às 14h30 de ontem, as carretas reabasteceram em Humaitá – 696 km de Manaus – e às 19h passaram pelo distrito de Realidade, a 600 km da capital amazonense. Hoje de manhã já estavam no km 423, na localidade de Fazenda dos Catarinas.

De acordo com a Associação dos Amigos e Defensores da BR-319, que mantém informações atualizadas 24 horas sobre as condições de tráfego da rodovia, o comboio agora enfrenta o maior desafio da viagem, que é o trecho dos atoleiros e piscinões.
Com uma rede de mais de 8 mil associados e 35 grupos de WhatsApp, seus associados costumam fazer os 400 km de terra batida em 10 horas no verão, mas levam até 17h durante o período do inverno chuvoso amazônico.
Para dificultar ainda mais, caminhões atolados no percurso da estrada dificultam a passagem do comboio. ” A pista está um sabão, carro pequeno nem meta as caras”, informa um motorista da Associação em um vídeo gravado ontem (20) que mostra como estão as condições atuais da BR-319, que as carretas estão enfrentando para chegar com o oxigênio até Manaus. Assista:
A trajeto está previsto para durar 36 horas e o carregamento deverá chegar até a noite desta sexta-feira (22) na capital amazonense para abastecer os tanques de oxigênio dos hospitais públicos e particulares de Manaus, que estão com seus estoques em níveis críticos.
Os caminhões são escoltados pela Polícia Rodoviária Federal e contam com o apoio do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), que acompanha o comboio transortando duas retroescavadeiras em carretas para superar os atoleiros.
