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Campanha do governo ‘ Brasil não pode parar’ deve custar R$ 4,8 milhões. Assista

A quarentena faz parte as ações de combate ao novo coronavírus, é recomendada por organizações de saúde e adotada por grande parte do mundo

Campanha publicitária do governo defende presença de população mais jovem nas ruas Foto: Reprodução

O governo federal lançou uma campanha publicitária esta semana chamada “O Brasil não pode parar” para defender a flexibilização do isolamento social, que faz parte das ações de combate ao novo coronavírus, e a retomada econômica.

A campanha publicitária vai defender a tese do isolamento vertical e deve custar R$ 4,8 milhões (R$ 4.897.855,00). A contratação foi classificada com emergencial e, por esta razão, realizada sem licitação. O conteúdo está sendo produzido pela agência iComunicação.

O mecanismo não é ilegal: conforme a coluna adiantou ontem, um decreto de Bolsonaro autorizara a Secom a fazer a contratação com dispensa de licitação. A Secom avaliou três propostas. O martelo foi batido por Carlos Bolsonaro. O Secretário Fabio Wajngarten ainda não voltou totalmente à ativa.

O governo federal prepara para colocar no ar possivelmente já amanhã. A peça central é um vídeo, ainda não finalizado, mas que já foi distribuído para a militância digital do presidente e circula em grupos de WhatsApp, em que um narrador menciona categorias profissionais e martela que o país não pode parar por eles.

No Instagram, uma publicação feita no perfil do governo federal diz que “no mundo todo, são raros os casos de vítimas fatais do coronavírus entre jovens e adultos”.

“A quase totalidade dos óbitos se deu com idosos. Portanto, é preciso proteger estas pessoas e todos os integrantes dos grupos de risco, com todo cuidado, carinho e respeito. Para estes, o isolamento. Para todos os demais, distanciamento, atenção redobrada e muita responsabilidade. Vamos, com cuidado e consciência, voltar à normalidade”, diz o texto.

Assista vídeo

Na última terça-feira, 24, o presidente foi criticado após fazer pronunciamento em rede nacional no qual se referiu ao novo coronavírus como “gripezinha” e “resfriadinho”. Nesta quinta, Bolsonaro disse que a reação negativa na internet somou cerca de 70% dos comentários, mas ele planeja reverter a imagem.

Segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 26, pelo Ministério da Saúde a maioria das internações graves da doença, no entanto, ocorreu com pacientes com idades entre 30 e 80 anos. As mortes, de fato, são registradas com mais frequência na faixa etária acima dos 60 anos. 

No entanto, a Organização Mundial da Saúde e médicos infectologistas têm reforçado diariamente a importância das medidas de isolamento social para não sobrecarregar os sistemas de saúde. Em um cenário de contágio incontrolável, os impactos podem ser fatais.

A Itália, por exemplo, pagou um preço alto por ter deixado de lado as medidas de isolamento para suavizar o impacto econômico. Em 3 de março, o balanço de vítimas fatais começou a crescer exponencialmente, com 79 mortes, até chegar em 8.165 vítimas anunciadas ontem. O país se tornou o recordista de óbitos no mundo. 

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