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Canadá e Inglaterra têm evidências de que avião ucraniano foi atingido por míssil iraniano

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou ter recebido informações de “múltiplas fontes de inteligência” que indicam que o Boeing 737-800 da companhia Ukraine International Airlines (UIA) foi derrubado por um míssil terra-ar do Irã, provavelmente de “forma não intencional”.  O premier britânico, Boris Johnson, também divulgou um comunicado afirmando ter as mesmas informações. O país ainda recomendou que seus cidadãos evitem todas as viagens ao Irã.

Em entrevista, Trudeau defendeu ainda uma ampla investigação internacional sobre a queda do avião, no início da manhã de quarta-feira, mas ressaltou que está em contato permanente com a Chancelaria iraniana. A aeronave caiu perto do aeroporto internacional de Teerã-Imam Khomeini  com 176 pessoas a bordo na madrugada de quarta-feira. Ninguém sobreviveu. Das vítimas, 63 eram cidadãos canadenses, e a maior parte delas tinha dupla nacionalidade iraniana.

Segundo o premier, tudo indica que as caixas-pretas vão permanecer no Irã — Teerã havia se negado inicialmente a fornecer os equipamentos para a Boeing, mas já sinalizou que pode pedir ajuda ao exterior. Trudeau disse acreditar que investigadores de outros países terão acesso aos dados, e deixou claro que seu governo “não vai descansar” até que obtenha respostas.  Apesar das afirmações, o premier canadense considerou “cedo” para apontar culpados ou chegar a conclusões.

Horas depois, o porta-voz da Chancelaria iraniana, Abbas Mousavi, pediu ao governo do Canadá que compartilhe seus dados de inteligência com Teerã. Da parte do governo, o porta-voz Ali Rabiei afirmou que países que tinham cidadãos na aeronave poderão acompanhar a investigação — ele ainda pediu que a Boeing mande representantes para ajudar na análise da caixa-preta. Contudo, criticou as acusações de que o avião teria sido atingido por um míssil, dizendo que isso não passa de “guerra psicológica”. Por causa das sanções americanas, a Boeing precisa de uma autorização do governo para participar das investigações.

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