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“Capitã Cloroquina”,usou militares como ‘Ubers’ em Manaus; diz jornal

A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, pediu à Casa Militar do governo do Amazonas que cuidasse do transporte dos profissionais desde o momento que saíssem do aeroporto e para todos os demais traslados necessários durante a viagem.

Conhecida como “Capitã Cloroquina”, ela foi a responsável pelo planejamento de uma comitiva de médicos que difundiu o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus em Manaus dias antes de o sistema de saúde do Amazonas entrar em colapso, em janeiro último. A informação é da Folha do Estado, divulgada nesta sexta-feria (6).

Nessa operação para pregarem em Unidades Básicas de Saúde o uso de ivermectina, hidroxicloroquina e outros remédios sem eficácia para covid, os militares deveriam cuidar dos percursos dos médicos. 

Na terça-feira (3), a CPI da Covid no Senado aprovou o pedido de afastamento da médica Mayra Pinheiro do cargo de secretária do Ministério da Saúde. Ela tem participação na atuação da pasta durante o colapso do sistema de saúde de Manaus no pico da pandemia, quando faltou oxigênio nos hospitais do estado.

Em ofício enviado à Prefeitura de Manaus, Mayra cobrava o uso do tratamento precoce e montou em janeiro essa comitiva de médicos, custeada com recursos públicos, para fazer ronda e pressionar profissionais locais a receitar esses remédios, que foram, inclusive, distribuídos por eles.

Hélio Angotti Neto, secretário de Insumos do Ministério, disse em depoimento ao Ministério Público no Amazonas em março, que Mayra pediu que ele pagasse pelas passagens dessa comitiva de médicos.

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