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‘Carimbadores’: Juiz aceita denúncia contra suspeitos de transmitir HIV para crianças em Manaus

O juiz Rosberg Crozara, da Comarca de Manaus, aceitou denúncia do MPAM (Ministério Público do Amazonas) contra Victor Igor dos Santos, 21 anos, e Rodrigo Wenderson Nunes, de 31 anos, acusados de armazenar e divulgar pornografia infantil e de transmitir o vírus HIV.

Eles foram presos em maio deste ano na Operação Carimbadores, da Polícia Civil do Amazonas.

De acordo com a denúncia, a polícia encontrou prints de trocas de mensagens que apontam que os dois adquiriram e compartilharam fotos e vídeos de crianças em cenas de estupro de vulnerável.

Além disso, segundo os investigadores, Rodrigo e Victor admitiram, nas conversas, a prática de relações sexuais desprotegidas com o objetivo de transmitir o vírus HIV/Aids. Entre as vítimas estavam crianças.

Rodrigo e Victor se tornaram réus pelos crimes de armazenamento e distribuição de conteúdo pornográfico infantil, lesão corporal grave com resultado enfermidade incurável, contágio de moléstia grave, divulgação de cena de estupro de vulnerável e associação criminosa.

Na decisão em que recebeu a denúncia do MP, o magistrado manteve a prisão preventiva dos acusados, decretada no mês passado após eles deixarem a cadeia com o fim da prisão temporária. Rodrigo se entregou à polícia logo após a ordem de prisão. Victor foi preso na casa de um pastor, no bairro Nova Cidade, zona norte de Manaus.

Com a decisão, a 2ª Vara de Crimes contra a Dignidade Sexual deve citar os acusados ​​​​e pautar a audiência de instrução, fase em que ouvirá as testemunhas, interrogará os réus e, posteriormente, proferirá a sentença na Ação Penal.

Prints de conversas

De acordo com a delegada Joyce Coelho, que era responsável pelo caso, a polícia começou a investigar o caso há dois anos a partir de um celular deixado em uma assistência técnica. No aparelho havia conversas em que o casal relatava o abusos para uma outra pessoa.

“Provavelmente, nesse caso, tem tanto o estupro de vulnerável quanto a exploração sexual, considerando que há indícios de prática constantes de estupros de vulnerável e também do compartilhamento dessas ‘mídias’ que eram gravadas”, disse a delegada.

Na época, a polícia não identificou os autores. As investigações foram retomadas em dezembro de 2023 quando o caso foi denunciando novamente, mas na Polícia Federal, que identificou os suspeitos em trocas de mensagens nas quais compartilhavam conteúdo pornográfico, além das informações sobre os abusos sexuais contra crianças.

“Tudo indica que essas conversas, esses grupos, realmente são feitos a partir do aparelho celular. Então, essa operação foi bastante exitosa, inclusive no sentido de confirmar a autoria dos fatos. Eles de fato são os interlocutores dessas conversas”, afirmou Joyce Coelho.

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