Operação do Denarc prendeu quatro suspeitos e revelou plano para formação de cartel; entorpecentes, materiais com logomarca e R$ 1 milhão em contas foram apreendidos.

Informação revelada após nova fase da operação comandada pelo Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), com apoio das polícias civis de São Paulo (PC-SP) e do Espírito Santo (PC-ES), além da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de São Gabriel da Cachoeira (a 852 quilômetros da capital) , aponta que grupo criminoso desarticulado pela Polícia Civil do Amazonas estava em processo de organização para se tornar um cartel interestadual de drogas, batizado de ‘Cartel 13’.
A ação ocorreu na sexta-feira (18) e levou à prisão de quatro integrantes da organização criminosa, além da apreensão de drogas sintéticas, maconha do tipo skunk e chapéus e bonés personalizados com a logomarca do futuro cartel. O chefe do grupo, identificado como Pablo Roberto da Pães Júnior, segue foragido.
Foram presos Erison da Silva Velasques, de 21 anos; Gabriel Souza da Silva, de 20 anos; Mikhael Martins Peixoto, de 41 anos; e Francisco das Chagas Aguiar Paes, de 20 anos, este último detido na cidade de Tatuapé, em São Paulo. Além das prisões, foram apreendidos mil comprimidos de ecstasy, 600 micropontos de LSD e 32 quilos de skunk.
De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Bruno Fraga, as prisões são resultado do desdobramento de uma investigação iniciada em 2024, em São Gabriel da Cachoeira. Na época, quatro pessoas foram presas e cerca de 400 quilos de entorpecentes foram apreendidos.
A apuração prosseguiu com foco na rota e no destino da droga, momento em que o Denarc passou a apoiar a operação.
“No fim de semana, foi desencadeada essa operação interestadual com apoio das polícias civis do Espírito Santo e de São Paulo. Durante o cumprimento dos mandados de prisão e de busca e apreensão, mais quatro pessoas foram presas. Elas eram responsáveis por organizar a logística de transporte da droga do interior do Amazonas para Manaus, de onde era escoada para os dois estados”, explicou o delegado-geral.
O diretor do Denarc, delegado Rodrigo Torres, informou que a segunda fase da operação incluiu o bloqueio de contas bancárias ligadas ao chefe do grupo, Pablo, com saldo superior a R$ 1 milhão.
Segundo ele, o grupo também operava em São Paulo e Espírito Santo, utilizando o Amazonas como ponto estratégico para o tráfico.“As investigações seguem, com o objetivo de localizar o principal integrante da organização, que se encontra em paradeiro incerto. Nosso foco é desarticular totalmente essa organização criminosa e impedir o escoamento de drogas tanto para fora quanto para dentro do Amazonas”, afirmou.
Os presos responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e financiamento ao tráfico. Eles permanecem à disposição do Poder Judiciário.