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Caso Flávio: audiência é adiada para o fim do mês

Defesa de Alejandro Molina Valeiko – enteado do ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto – solicitou que o celular do réu Mayc Vinícius Teixeira Paredes seja anexado aos autos do processo

A audiência de instrução do processo sobre o homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, 39 anos, que seria realizada na manhã desta quarta-feira (1),  foi adiada para os próximos dias 28 e 29 porque o réu, Elizeu da Paz, alegou incapacidade de comparecer ao tribunal ou depor remotamente.

Segundo a defesa do ex-PM, ele está doente e sem condições de ir ao Fórum Enock Reis ou depor por vídeo conferência. O juiz Celso de Paulo, que preside a audiência, afirmou que os outros advogados de defesa foram consultados e ficou definida a nova data da audiência para o final de setembro.

“Serão ouvidas as testemunhas que faltam, os réus, os advogados de defesa, o Ministério Público e realizadas as alegações finais, antes dos envolvidos irem a Júri Popular até o fim do ano”, informou o juiz Celso de Paula.

Ainda de acordo com o juiz, a audiência de instrução deveria ter ouvido três testemunhas de defesa. Em julho, audiências foram realizadas para o depoimento de testemunhas de acusação e peritos.

O caso

O crime ocorreu em setembro de 2019 e têm como réus José Edvandro Martins de Souza Júnior, Mayc Vinícius Teixeira Parede, Alejandro Molina Valeiko e Paola Molina Valeiko – filhos da ex-primeira dama de Manaus, Elizabeth Valeiko – e Elizeu da Paz de Souza.

De acordo com o juiz de direito titular da 1ª. Vara do Tribunal do Júri, serão interrogados primeiro os réus presos e depois os réus que respondem em liberdade.

Audiências em julho

A audiência de instrução do processo começou no fim de julho. No primeiro dia, o sobrevivente Elielton Magno de Menezes e outras seis testemunhas de acusação foram interrogadas. A oitiva de Elielton foi por vídeo chamada. O Ministério Público listou oito pessoas para o primeiro dia, mas apenas seis compareceram.

No segundo dia de audiência, 14 testemunhas de defesa foram ouvidas. Segundo o promotor, ainda ficaram pendentes algumas testemunhas que não foram localizadas pelo juízo e que foram objeto de requerimento de uma dilação de prazo por parte da defesa técnica de um dos réus para que consigam a localização do endereço dessas pessoas.

De acordo com o Ministério Público, o síndico do condomínio foi ouvido como testemunha. O depoimento dele trouxe informações importantes das pessoas que compareceram ao local.

No terceiro dia, foram ouvidas algumas testemunhas de defesa que ficaram pendentes, além de seis peritos e um médico-legista. Após o terceiro dia, as audiências foram suspensas e retomadas neste mês de setembro.

Quem são os réus

  1. Alejandro Valeiko; que vai responder por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, omissão penalmente relevante e ocultação de cadáver;
  2. Elizeu da Paz de Souza, policial militar que estava lotado na Casa Militar da Prefeitura de Manaus e, conforme investigações, seria segurança de Alejandro; responde por homicídio triplamente qualificado, fraude processual, tentativa de homicídio e ocultação de cadáver;
  3. Mayc Vinicius Teixeira Parede – que confessou o crime e responde por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e ocultação de cadáver;
  4. Paola Valeiko Molina deve responder por fraude processual.
  5. José Edvandro Martins de Souza Junior; que responde por denúncia caluniosa;

Crime aconteceu durante festa em condomínio de luxo

O homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos ocorreu no dia 29 de setembro de 2019, após uma festa na casa de Alejandro Molina Valeiko, filho da primeira dama, Elizabeth Valeiko. Segundo a polícia, os amigos estavam na casa de Alejandro Valeiko bebendo e usando drogas.

De repente, começou uma discussão, seguida de agressões com facas. O engenheiro Flávio dos Santos foi esfaqueado e morreu. Ainda de acordo com a polícia, Santos foi encontrado morto no bairro Tarumã, no dia seguinte. O local onde estava o corpo fica próximo à casa de Alejandro.

De acordo com as investigações, o policial militar Elizeu da Paz de Souza, que estava lotado na Casa Militar da Prefeitura de Manaus e seria segurança de Alejandro, estava dirigindo um carro alugado da Prefeitura. A polícia diz que o PM Elizeu de Souza foi até o condomínio, colocou o corpo no carro da Prefeitura de Manaus e saiu do local da festa.

Lutador de MMA, Mayc Parede confessou sua participação no crime ao ser preso em 2019, alegando ser o culpado pelas facadas desferidas na vítima. Ele aparece em vídeos de segurança dando entrada no condomínio onde ocorreu o crime.

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