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Caso Flordelis: assassinato de pastor foi planejado em outubro de 2018


Neto de Flordelis se negou a prestar primeiros socorros a pastor, revela médico


Segundo depoimento de paramédicos, jovem se recusou a ajudar o pastor
Foto: Divulgação

Os depoimentos dos filhos da deputada Flordelis dos Santos foram fundamentais para que investigadores da Polícia Civil concluíssem que o assassinato do pastor Anderson do Carmo, ocorrido em junho, estava sendo planejado desde outubro de 2018.

Além disso, para a polícia, as contradições nos dois depoimentos oficiais da deputada apontam que ela pode ter participação no crime.

Não bastasse já essas conclusões ontem (23) a polícia teve acesso a um novo depoimento que pode incriminar de vez a deputada.

O médico responsável por atender a ligação feita ao Corpo de Bombeiros após o pastor Anderson do Carmo ter sido baleado, Lucas Silva Camargo, disse em depoimento que o neto de o neto de Flordelis, Ramon dos Santos Oliveira, de 20 anos, se recusou a prestar os primeiros socorros à vítima.

De acordo com o relato dado por Lucas à Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, o jovem, que aparentava estar muito calmo, alegou que o pastor já estava morto, por isso não faria aquilo que ele orientava.

Ramon afirmou em seu depoimento que ele foi o responsável por falar com o médico e admitiu que se negou a fazer o que o profissional lhe pediu, pois acreditava que o avô já estava sem vida

Em depoimento à polícia, Lucas Silva Camargo revelou que o neto da parlamentar estava calmo e dizia acreditar que o avô já estava morto.

Em depoimento , o médico Lucas Silva Camargo afirmou que falou ao telefone com um rapaz que estava muito calmo e também aparentava ser jovem. O profissional pediu que ele verificasse se a vítima ainda estava respirando e o jovem se recusou.

“O declarante entendeu que o interlocutor se recusou a fazer as manobras de reanimação de vítima”, afirmou Lucas à polícia. Daniel dos Santos, filho de Flordelis, também disse em seu depoimento que Ramon foi o responsável por falar com o médico e afirmou ter visto o rapaz se recusar a fazer o procedimento de primeiros socorros .

Já Ramon, em seu depoimento, disse que chegou a fazer um dos procedimentos solicitados pelo socorrista, o de colocar os braços de Anderson para cima, mas se negou a fazer a massagem cardíaca, pois acreditava que o avô já tinha morrido.

Um frequentador da igreja de Flordelis afirmou à polícia que Simone, mãe de Ramon, confidenciou a ele que desejava matar o pastor Anderson do Carmo. E afirmou ele (pastor) teve um caso extraconjugal com Simone durante cinco meses, no início do ano passado. A mulher é filha biológica apenas de Flordelis.

Ele relatou aos policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo que certo dia recebeu uma ligação de Simone com muita raiva, alegando que havia sido agredida por Anderson, que era seu padrasto, durante uma briga de família.

“Vou matar esse demônio, a gente não aguenta mais. Minha mãe não aguenta mais”, disse Simone durante a conversa, segundo Rogério. Ele afirma ter se oferecido para matar o pastor e, em resposta, a amante perguntou se ele teria coragem de fazer isso. Rogério disse que sim.

Ainda de acordo com o depoimento, uma semana depois, Simone avisou que havia conseguido arrumar o “brinquedo” e teria contado para Flordelis que o mataria Anderson. A mãe apenas perguntou se ele teria coragem de fazer isso. Simone disse que sim e a pastora se calou.

Além disso, testemunhas já relataram à polícia que Simone era uma das responsáveis por colocar remédios na comida do pastor. A Dh de Niterói descobriu, ainda, que a filha de Flordelis fez buscas na internet sobre como comprar comprar o veneno cianeto.

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