
O Instituto de Criminalística do Amazonas não conseguiu identificar o material genético do agente de portaria Caio Claudino e da diretora do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região ( TRT-11/AM-RR) Silvanilde Ferreira Veiga em uma camisa e dois chumaços de papel sujos de sangue encontrados no banheiro de uma das torres do condomínio onde ela morava, na Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus.
Ela foi encontrada morta dentro do próprio apartamento na noite do dia 21 de maio de 2022. De acordo com as investigações, Silvanilde foi morta com golpes de faca no pescoço.
A polícia encontrou na cena do crime três facas sujas de sangue, sendo duas pertencentes ao apartamento dela e uma de fabricação caseira. Perícia do Instituto de Criminalística feita no ano passado apontou material genético de Caio Claudino nessas facas.
Perícia
A camisa e os chumaços da papel sujos de sangue foram encontrados por policiais militares no dia 23 de maio na lixeira do banheiro masculino da torre A do condomínio em que Silvanilde morava.
O apartamento dela ficava na torre B. A perícia no material só foi feita em janeiro deste ano, oito meses depois, e o laudo enviado à Justiça nesta quinta-feira (16).
Ao analisar os chumaços da papel, os peritos afirmaram que “não foi constatada a presença dos perfis da vítima Silvanilde Ferreira Veiga e do suspeito Caio Claudino de Souza”.
E sobre a camisa, apontaram que “foi constatado perfil alélico de um indivíduo do sexo masculino”, mas que “este perfil não coincide com o obtido de amostra referência do acusado Caio Claudino de Souza”.
Caio está preso desde maio de 2022, dias após o crime. Ele é réu confesso do crime, mas sua defesa nega a acusação de roubo de celular, que caracteriza latrocínio – roubo seguido de morte – que aumenta a pena.
A defesa de Caio disse que não é possível atribuir esse crime porque o objeto roubado nunca foi encontrado.


