Portal Você Online

Chuva: Saara pode ter 5 vezes mais acima da média

Deserto do Saara fica coberto por florestas a cada 21 mil anos!

Nas próximas semanas, o deserto do Saara pode enfrentar uma condição pouco comum para esse tipo de bioma: chuva volumosa. De acordo com modelos climatológicos do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas a Médio Prazo (ECMWF), algumas regiões do deserto podem ter acumulados de água cinco vezes maiores do que a média para o início de setembro.

O fenômeno não é frequente, segundo os meteorologistas, e vai acontecer principalmente devido ao posicionamento mais ao norte da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), encontro de ventos característico da região da linha do EquadorNão há evidências de relação direta com as mudanças climáticas.

Os especialistas ponderam que, apesar do volume esperado muito acima da média, o acumulado ainda é muito menor do que o observado em outras regiões do mundo.

Para se ter uma ideia, na parte central do deserto, a média de precipitação anual é de 25 milímetros. Isso é menos da metade da média esperada para o mês de junho em São Paulo, considerado o mais seco do ano.

Chuvas no deserto

O volume anormal de chuva esperado para as primeiras semanas de setembro não é visto como algo comum pelos meteorologistas. Mas esse cenário já aconteceu outras vezes nas últimas décadas.

Os modelos meteorológicos do ECMWF mostram que a parte central do deserto é a que deve ser a mais afetada pelas chuvas. Nessa região, os volumes podem ficar 500% acima da média história para o período.

Os meteorologistas explicam que essa chuva anormal é consequência, principalmente, do deslocamento da posição da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).

A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é caracterizada pelo encontro de ventos na região da linha do Equador. No Brasil, é dos principais sistemas meteorológicos causadores de chuva em parte das regiões Norte e Nordeste, segundo o Inmet.

Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), a ZCIT está posicionada mais ao norte do que o normal neste ano.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *