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Cidades do Amazonas continuam em emergência por causa de baixo nível dos rios

Nível do rio Negro em Manaus por exemplo, está quase dois metros abaixo do registrado no mesmo período de 2023, ano da maior vazante.

Mesmo com a subida dos rios, o Amazonas permanece com todos os municípios em situação de emergência. É o que aponta o Boletim Estiagem, do Governo do Amazonas desta semana.

Segundo o boletim da Defesa Civil Estadual, o número de famílias impactadas está em 159 mil, o que representa 637 mil pessoas.

A calha do Baixo Amazonas, que abrange os municípios de Barreirinha, Boa Vista do Ramos, Maués, Nhamundá, Parintins, São Sebastião do Uatumã e Urucurá, é a mais afetada em volume da cota do rio.

Isso porque os rios seguem abaixo do nível registrados no mesmo período de 2023 quando aconteceu a maior seca do Amazonas.

Na segunda-feira (26), o rio Negro, em Manaus, subiu 4 centímetros (cm) e alcançou a cota de 22,05 metros (m), 1,86 metro abaixo da marca registra na mesma data de 2023, ano da maior vazante registra, quando subiu 8 centímetros, de acordo com medição do Porto de Manaus.

A cota do rio Negro, estava, ontem, 3,64 metros abaixo da registrada na mesma data de 2021, ano da maior cheia, quando a cota alcançava 25,69 metros.

O último Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Amazonas, do Serviço Geológico do Brasil, do dia 23 de fevereiro, apontou que o rio Negro teve processo de vazante e oscilações.

E que, em São Gabriel da Cachoeira e Barcelos, apresentou subida na semana anterior. Em Manaus, o rio Negro manteve o processo de enchente com um rítimo de subida mais lento, na ordem de 2 cm por dia

O Boletim apontou que o rio Branco, um dos maiores afluentes do Negro, continuava em recessão e com níveis considerados muito baixos para o período nas estações monitoradas. Em Boa Vista (RR) foi registrada quinta maior vazante (- 6 cm).

Na semana passada, o rio Solimões manteve as subidas em Tabatinga e Fonte Boa. Em Itapéua e Manacapuru, apresentou um rítmo de elevação mais reduzido. Em todas as estações monitoradas, os níveis são considerados normais para a época.

Na bacia do rio Purus, o rio Acre, em Rio Branco (AC), voltou a descer ao longo da semana. Em Beruri o rio Purus apontou subidas menores com média diária de 2 cm.

De acordo, ainda, com o Boletim, ao longo da semana passada, o rio Madeira permaneceu em processo de enchente apresentando subidas no nível em Porto Velho (RO) e Humaitá (AM), entretanto os níveis ainda permanecem abaixo do esperado para a época.

E o rio Amazonas, nas estações do Careiro, Itacoatiara e Parintins, acompanhou a diminuição do rítimo de subidada das águas observado no rio Solimões e refletido em Manaus. Este fato contribuiu para que o quadro de cotas abaixo do esperado para a época se mantivesse nas estações monitoradas.

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