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Cieam:industria em alta mas com necessidades de ações de infraestrutura

O Cieam (Centro da Indústria do Amazonas) reuniu nesta quinta-feira (24) jornalistas de veículos de comunicação de Manaus em um almoço para apresentar os números da indústria do primeiro semestre e as perspectivas para o segundo semestre, mas o tema que dominou a conversa foi logística e infraestrutura.

Os números do IBCR-AM (Índice de Atividade Econômica Regional-Amazonas) do Banco Central mostram que o desempenho econômico do Polo Industrial de Manaus nos cinco primeiros meses do ano foi bem superior que o mesmo período de 2024, que foi um ano excelente para a indústria local.

Apesar da pujança da indústria neste começo de ano, o professor Cesar Augusto Barreto Rocha, coordenador da Comissão de Logística do Cieam, abordou a questão do transporte e os impactos das mudanças climáticas, principalmente com a estiagem e a seca dos rios amazônicos.

Diante do cenário, ele disse que o Amazonas e a Amazônica precisam urgentemente da hidrovia do rio Madeira, que vem sendo adiada sistematicamente pelo governo brasileiro.

O presidente do Conselho Superior do Cieam, Luiz Augusto Barreto Rocha, lembrou que a logística de transporte para enfrentar a seca severa de 2023 e 2024 foi toda montada pela iniciativa privada. “Os dois portos privados é que realizaram essa operação, sem um centavo de recurso público”.

Luiz Augusto cobrou do Estado Brasileiro um tratamento mais igualitário entre as regiões brasileiras. “O Centro da Indústria tem uma pauta muito assertiva, mas também muito veemente de exigir que a nossa região seja tratada de forma mais equânime. Eu diria que é algo que precisamos repercutir; não é pedir, é cobrar o que nós temos direito. Essa é a visão do Centro da Indústria.

Durante o evento, os diretores do Cieam também foram questionados sobre a rodovia BR-319. O presidente executivo do Cieam, Lúcio Flávio Morais de Oliveira, defendeu a reconstrução da rodovia, mas disse que para a indústria, o principal modal de transporte é a cabotagem, com mais de 70% da produção e insumos transportados por esse modal.

Mas ao apresentar esse dado, ele defendeu que o Amazonas tem direito a todos os modais de transporte (cabotagem, rodofluvial, terrestre e aéreo). Na atual conjuntura, falta o transporte terrestre, que só será possível com a BR-319 asfaltada.

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