O candidato disse ainda para os entrevistadores que o “regime da Venezuela é abominável e o PT replica aqui”

A candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), afirmou esta noite (23), em entrevista ao Jornal Nacional da TV Globo, que os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) tiveram “corrupção generalizada e colapso econômico gravíssimo”. Ele disse ainda que o regime político da Venezuela é “abominável” e que o Partido dos Trabalhadores “replica no país”.
A entrevistadora Renata Vasconcellos questionou o presidenciável se a forma dura como ele vem se referindo aos concorrentes não contribui para acirrar a polarização política que se acentuou no país.
“(Eu) estava tentando advertir que as pessoas não podiam usar a promessa enganosa do Bolsonaro para repudiar a corrupção generalizada e o colapso econômico gravíssimo que foram produzidos pelo PT”, afirmou.
Perguntado sobre o estilo de plebiscito que tem como modelo para convocar em caso de “impasse” sobre qualquer questão no governo dele. “O fato é que o plebiscito tem sido usado por líderes populistas, especialmente na América Latina, como um instrumento para esvaziar o Congresso, o Poder Legislativo, criando crises institucionais graves”.
“Eu faço isso olhando mais para a Europa e os Estados Unidos do que para a Venezuela. Eu acho o regime da Venezuela abominável. É muito clara a minha distinção com esse populismo sul-americano que infelizmente o PT replica aqui. Ortega na Nicarágua, eu acho tudo isso trágico”, declarou.
Unir o país
Ciro afirmou que pretende unir o país em torno de um projeto. “Eu pretendo unir o Brasil ao redor de um projeto e tenho o diagnóstico que o Brasil vive a mais grave crise: fome. Trinta e três milhões de pessoas estão com fome e 120 milhões não fizeram as três refeições hoje. E determinados grupos políticos são responsáveis por essa tragédia. Eu acho, francamente, que a maior ameaça à democracia é o fracasso dela na vida do povo, mas vou me esforçar para unir e reconciliar o Brasil’, disse.
Ainda de acordo com ele, a corrupção no Brasil é responsabilidade de “determinados grupos políticos”, e eles devem ser citados em suas declarações. O pedetista criticou também o acúmulo de renda nas mãos dos mais ricos em detrimento dos mais pobres e da classe média.