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Com 135.045 manauaras em tratamento contra o Diabetes, Semsa reforça atendimentos nas Unidades de Saúde

Conforme a Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil ocupa o sexto lugar no mundo entre os países com mais pessoas com diabetes no geral, e o terceiro lugar quando se fala em diabetes tipo 1. A doença atinge um percentual de 10,5% da população, conforme estimativa da entidade.

Em Manaus, conforme dados da Semsa de abril de 2025 até agosto, 135.045 pessoas com diabetes fazem acompanhamento na rede municipal de saúde e 29.201 exames do pé diabético entre esses usuários. Em 2024, foram 144.145 atendimentos e 42.762 exames.

As unidades de saúde da Prefeitura de Manaus estão intensificando, ao longo deste mês, a oferta de serviços, exames e ações de educação com foco na prevenção do diabetes e promoção do autocuidado entre pessoas diabéticas.

A iniciativa é coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e compõe as ações da gestão municipal dentro do “Novembro Diabetes Azul”, campanha mundial em celebração à causa do diabetes e ao Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro).

A programação vai alcançar unidades das cinco zonas distritais de saúde do município, Norte, Leste, Oeste, Sul e Rural, com abertura oficial nesta quinta-feira, 6/11, às 8h, na Unidade de Saúde da Família (USF) Arthur Virgílio Filho, no bairro Novo Aleixo, zona Norte. E, no dia 14, às 9h, a USF Silvio Santos, na Compensa, zona Oeste, vai receber ação de saúde referente ao Dia Mundial da Diabetes.

Como parte das ações, as equipes das unidades vão realizar palestras e rodas de conversa sobre temas como diabetes mellitus, alimentação saudável, atividade física, controle glicêmico, além de cursos práticos de autocuidado e prevenção de complicações. As unidades vão ainda reforçar a oferta de avaliação neuromotora e índice tornozelo-braquial (ITB), exames que permitem identificar perda de sensibilidade e danos vasculares nos membros inferiores, e de serviços como aferição de glicemia e medição da pressão arterial.

A técnica do Núcleo de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Circulatórias e Diabetes, enfermeira Sinara Mady Flores, destaca que a prevenção do diabetes, promoção do autocuidado e acompanhamento de usuários com diabetes integram a rotina das unidades de saúde, sendo intensificadas durante o “Novembro Diabetes Azul”.

“A campanha traz neste ano o tema ‘Diabetes e bem-estar no trabalho’, reforçando que, com acesso a cuidados adequados e apoio ao bem-estar, as pessoas com diabetes podem viver com qualidade de vida e autonomia”, assinala a enfermeira.

Sinara aponta que a rede de Atenção Primária, gerenciada pela Semsa, conta com programas e serviços voltados ao atendimento de pessoas com diabetes, incluindo exames clínicos, laboratoriais e de imagem, consultas com médicos, enfermeiros, nutricionistas e dispensação de medicamentos. A secretaria conta ainda com 37 unidades de referência para o serviço do curativo de lesões diabéticas.

Prevenção e cuidado

O diabetes mellitus, conforme Sinara Flores, é um distúrbio metabólico caracterizado pelo excesso persistente de glicose (açúcar) no sangue, em razão da deficiência ou da má absorção da insulina, hormônio que atua no controle da glicose no organismo. A hiperglicemia crônica pode ocasionar danos a diversos órgãos, como rins, artérias e olhos, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares, entre outras.

A enfermeira cita, entre alguns tipos da doença, o tipo 1, que costuma surgir na infância ou adolescência, e o tipo 2, que corresponde a 90% das pessoas com a doença e está relacionado a fatores como hábitos alimentares inadequados, sobrepeso e sedentarismo.

“A prevenção do diabetes envolve manter uma alimentação saudável, praticar atividade física e evitar álcool e fumo. Isso vale também para pessoas com diabetes, que devem ainda manter consultas regulares com médico e enfermeiro, e a adesão aos medicamentos prescritos”, recomenda.

Sinara aponta que o distúrbio se desenvolve de forma silenciosa, mas alguns sinais podem indicar o distúrbio no metabolismo, entre eles sede, fome excessiva, urina frequente e perda de peso. Outros, como feridas que não cicatrizam, visão embaçada e formigamento nas mãos e pés, ela classifica como sinais de alerta.

“Quem apresenta esses deve buscar uma unidade básica, para ser avaliado pelos profissionais de saúde e encaminhado para exames de tolerância à glicose e hemoglobina glicada, para diagnóstico ou não da doença”, orienta a técnica.

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