Ex-presidente da Câmara começou a produzir textos antes de ir para a cadeia, em 2016
Prestes a completar dois meses preso em Bangu 8, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB) retornará com o projeto que começou antes de ir para a cadeia, em Curitiba: quer lançar um livro sobre os bastidores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Ele foi o personagem principal na articulação para o afastamento da petista. Não é uma autobiografia dele. A ideia é contar como transcorreram todas as negociações no Congresso durante o processo. E mais: Cunha, alvo da Lava Jato, citará nomes de políticos que o ajudou. O ex-deputado foi para a prisão em outubro de 2016.
A família de Eduardo Cunha ainda avalia como será a produção do livro. A contratação de um jornalista como ‘ghost writer’ (termo em inglês usado a quem não recebem o crédito da autoria) não está descartada.
O ex-deputado parou de escrever porque foi preso. Cunha cumpre pena de 14 anos e seis meses por pagamento de propina na compra de um campo petrolífero pela Petrobrás.
Foi condenado também, em primeira instância, a 24 anos e dez meses de reclusão por desvio de recursos do Fundo de Investimentos do FGTS.