Encontro ocorre nesta segunda-feira (2). Inicialmente, a previsão era de que nove titulares de pastas do governo Bolsonaro participassem do encontro, mas apenas cinco desembarcaram na capital do Pará.

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Cinco ministros do governo Bolsonaro chegaram na manhã desta segunda-feira (2) a Belém, para uma reunião com governadores da Amazônia Legal. O governo federal quer discutir com os estados medidas de combate às queimadas, preservação da Floresta Amazônia e desenvolvimento econômico.
Nesta terça-feira (3), o grupo segue para Manaus, onde participa de uma segunda reunião sobre o assunto.
Estão na comitiva os ministros:
- Onyx Lorenzoni (Casa Civil);
- Ricardo Salles (Meio Ambiente);
- Fernando Azevedo (Defesa);
- Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento);
- Jorge Oliveira (Secretaria Geral da Presidência da República).
Dos 9 governadores da Amazônia Legal, estão presentes:
- Helder Barbalho (Pará);
- Mauro Carlesse, (Tocantins);
- Mauro Mendes (Mato Grosso);
- Waldez Góes (Amapá e presidente do consórcio interestadual da Amazônia Legal);
- Carlos Brandão (vice do Maranhão).
Na semana passada, o governo Bolsonaro anunciou que 9 ministros comporiam a comitiva que visitrá Belém e Manaus. Além dos que já estão em Belém, a previsão era que Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Bento Albuquerque (Minas e Energia) também participassem.
Demarcação de terras
Na última terça-feira (27), em reunião com chefes do executivo estadual que compõem a Amazônia Legal, Jair Bolsonaro criticou a política de governos anteriores para demarcação de terras indígenas, quilombolas e áreas de preservação ambiental.
Com todo respeito aos que me antecederam, foi uma irresponsabilidade essa política adotada no passado no tocante a isso, usando o índio como massa de manobra”, afirmou o presidente no encontro, promovido no Palácio do Planalto para debater queimadas na região.
“Muitas reservas têm o aspecto estratégico, que alguém programou. O índio não faz lobby, não fala a nossa língua e consegue hoje em dia ter 14% do território nacional. Vou fazer, no final, breve histórico disso, mas uma das intenções é nos inviabilizar.”
Bolsonaro também disse: “A Amazônia não vou dizer que ficou esquecida. Ela foi é usada, politicamente, acho que desde [o governo Fernando] Collor de Mello, mais ou menos – tá certo? – pra cá”.
Para o presidente “essa questão ambiental tem que ser conduzida com racionalidade, e não com essa quase que selvageria, como foi conduzida ao longo dos últimos governos”. “E o problema, né?, a febre agora está chegando aqui, batendo bastante alto no governo atual”, concluiu.