Após o general Augusto Heleno atacar o Congresso, dizendo que seus membros chantageiam o governo, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pretende convocar o ministro do GSI para prestar esclarecimentos de sua fala

Foto: Beto Barata/Agência Senado
Senadores de diferentes partidos se mobilizaram nesta quinta-feira para pedir ao presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que paute pedido de convocação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, depois do carnaval. O requerimento foi apresentado pelo PT, mas internamente ganhou o apoio também de parlamentares governistas.
Alcolumbre não se opôs. Também incomodado com o ataque do ministro, que acusou o Congresso de “chantagear” o governo, ele recebeu o líder do PT, Rogério Carvalho (SE), e outros senadores, que reforçaram a necessidade de o Legislativo reagir à acusação. Os parlamentares disseram que o ministro tem de ser confrontado publicamente para responder objetivamente sobre o que se referia.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), pretende pautar para a primeira sessão da Casa, em 3 de março, requerimento de convocação apresentado pelo líder do PT, Rogério Carvalho (SE), para que o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, esclareça a declaração onde ataca o Congresso Nacional.

Na ocasião ele disse: “Nós não podemos aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo. Foda-se”, disse ele.
Em resposta o presidente Davi Alcolumbre disse que é necessário que o ministro do GSI compareça ao Senado Federal para informar quem são os parlamentares, bancadas, blocos e partidos que estão fazendo tão grave extorsão, bem como no que consiste essa ‘chantagem de alguns parlamentares o tempo todo’.
” Afinal, há enormes diferenças entre a pressão política derivada diretamente dos freios e contrapesos de um regime democrático que adota a divisão independente e harmônica entre os Poderes e o nefasto ato de chantagear”, argumenta o autor do requerimento, como relata reportagem no jornal Folha de S.Paulo.