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Conselho de Medicina investiga médicas que zombaram de criança no Amazonas

O Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM) informou na quinta-feira (9) que vai abrir sindicância para apurar a conduta ética e as responsabilidades das médicas Beatriz Almeida e Sofia Rodrigues Gonçalves que riram do choro de uma criança que aguardava atendimento em um hospital municipal de Maués, a 257 km de Manaus.

Conforme a entidade, o processo de apuração vai seguir sob sigilo. “Informamos ainda que o Conselho de Medicina do Amazonas não compactua com este tipo de atitude e que trabalhamos diuturnamente em prol da ética e da boa medicina”, diz o conselho, em nota assinada pelo presidente da entidade Jorge Akel.

A sindicância vai apurar as responsabilidades profissionais e éticas das médicas envolvidas. O conselho não informou se as médicas podem perder o registro profissional.

O vídeo em que as profissionais fazem piada com a situação foi postado por elas mesmas nas redes sociais. Na gravação, uma pergunta para a outra quem faria o atendimento e comparam a paciente com uma pessoa que passa por exorcismo.

A criança, de 10 anos, aguardava atendimento após ser ferida por um raio. No vídeo, é possível ouvir gritos e choro da paciente.

As duas médicas foram demitidas pela Prefeitura de Maués após a repercussão do vídeo. Em nota, a prefeitura afirmou que preza pela saúde pública humanizada e repudia qualquer postura antiética e desumana de profissionais.

“Informa também que determinou imediata exoneração das profissionais de saúde envolvidas nesse lamentável episódio”, diz o comunicado.

As médicas Beatriz Almeida e Sofia Rodrigues Gonçalves eram recém-contratadas para atuar no hospital de Maués. As duas receberam o registro do Conselho Federal de Medicina (CFM) no dia 5 de dezembro de 2022. O documento é exigido para exercer a profissão.

De acordo com a Prefeitura de Maués, o paciente era uma criança, de 10 anos, que foi atendida após sofrer um ferimento causado por raio. Segundo a assessoria, o ferimento foi superficial. A criança, que mora em Maués, já foi liberada do hospital.

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