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Coronavírus: Governo reforça controle de 24 horas no aeroporto Eduardo Gomes

Profissionais se revezam em plantões de 24 horas acompanhando, principalmente, os voos internacionais. Foto: reprodução

O controle de desembarque no Aeroporto Internacional de Manaus foi reforçado. Uma parceria do governo estadual com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) trabalha com profissionais se revezando em plantões de 24 horas. O controle é feito, principalmente, na chegada dos voos internacionais; Em caso de passageiro detectado com sintomas, todo um atendimento será acionado.

De acordo com a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Estado, Rosemary Costa Pinto, só é considerado caso suspeito a pessoa que apresenta febre associada a outro sintoma respiratório, que pode ser tosse ou dor de garganta, além de ter estado em área de transmissão ativa do vírus na Europa ou na Ásia ou tenha tido contato com alguém que esteve nessas regiões. São países com casos registrados de Covid-19: China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Austrália, Itália, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes Unidos.

A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) reforçou que não há casos suspeitos ou confirmados do Covid-19 no estado. O órgão monitora duas pessoas da mesma família, residentes em Manaus, que estavam no voo do paciente “zero”, mas até agora elas não apresentam sintomas. A informação foi divulgada na última quinta-feira (27), após reunião do Comitê Interinstitucional Ampliado de Gestão de Emergência em Saúde Pública para Resposta Rápida aos Vírus Respiratórios, na sede da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).

O Secretário de Saúde, Rodrigo Tobias, reiterou que a rede de saúde está preparada para atender possíveis ocorrências relacionadas ao novo coronavírus. “O sistema de vigilância e saúde, está muito atento com relação aos casos suspeitos. No caso específico dessas duas pessoas que são do estado do Amazonas e que estavam no mesmo voo que o caso ‘zero’, que é o caso do paulista que foi acometido pelo coronavírus, a gente então está fazendo toda uma visita constante, duas vezes por dia a gente faz a visita, então todos eles não têm sintomas, que fique claro. Ou seja, nesse caso específico eles não são considerados casos suspeitos”, afirmou.

Seguindo as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde (MS), o monitoramento deve durar de 14 a 20 dias e está sendo realizado pela Vigilância Epidemiológica da FVS-AM, em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).

Atuação conjunta

O Governo do Amazonas vem se preparando desde novembro 2019 e intensificando as ações em função das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAGs), que costumam aumentar no período de chuva. Com esse objetivo foi criado o Comitê Insterinstitucional, que reúne representantes de diversos órgãos do sistema de saúde e parceiros das esferas federal, estadual e municipal.

“Nós nos antecipamos em função da epidemia que nós tivemos por vírus respiratório no ano passado e, em função disso, quando começou o período chuvoso em novembro, nós começamos a nos reunir. Capacitamos profissionais da saúde, definimos novas técnicas, definimos novos protocolos para minimizar os riscos de uma nova epidemia por Síndrome Respiratória Aguda Grave pelos vírus que temos circulando aqui. Então a gente já vem num trabalho desde novembro, e com a entrada do novo coronavírus nós ampliamos esse comitê, nós temos um trabalho integrado entre as áreas de saúde”, frisou a diretora-presidente da FVS.

Para o atendimento de possíveis casos suspeitos de coronavírus, o Comitê definiu o Hospital Pronto-Socorro Delphina Rinaldi Abdel Aziz como a unidade de referência no Amazonas. Os casos clínicos identificados serão encaminhados e tratados naquela unidade. As demais unidades da rede estão preparadas para atender as outras síndromes gripais, como Influenza.

Conforme a Susam, notas técnicas com recomendações têm sido encaminhadas para todas as unidades da rede pública e privada da capital e do interior. Profissionais que atuam nas principais portas de entrada da rede de urgência e emergência – prontos-socorros, Serviço de Pronto Atendimento (SPA) e Unidades de Pronto Atendimentos (UPA) – também foram treinados para atendimento de casos suspeitos de Covid-19, seja através de simulados ou capacitações em serviços.

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