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Corpo da artista venezuelana é velado em Manaus e será transportado hoje para Puerto Ordaz

Começou na noite de ontem (10) em Manaus o velório de artista circense venezuelana, Julieta Inés Hernández, assassinada no Amazonas, que será transportado nesta quinta-feira (11) para Puerto Ordaz, cidade natal da família, onde será enterrada sexta-feira (12), de acordo com o governo da Venezuela.

Em nota assinada pelo ministro do Poder Popular para a Cultura da República Bolivariana da Venezuela, Ernesto Villegas Polja, o governo da Venezuela repudiou a morte e pediu “punição exemplar para este crime abominável”.

O país também agradeceu o governo brasileiro e do Amazonas pela colaboração na repatriação do corpo e no cuidado com os familiares da vítima.

“Da mesma forma, expressa seu reconhecimento ao Governo brasileiro, tanto em nível nacional como às autoridades do estado do Amazonas, por sua colaboração na repatriação dos restos mortais e no cuidado de seus familiares”, diz trecho de comunicado – ler na íntegra no fim da reportagem.

Homenagem

O grupo Circo di SóLadies, companhia de palhaças mulheres, fez uma convocação para atos em todo o Brasil pela morte da artista para esta sexta-feira (12).

“Convocamos pessoas por todo o Brasil a mobilizarem pedais nas suas cidades simultaneamente na próxima sexta-feira, a fim de homenagear Julieta Hernandez, a Miss Jujuba, para ocupar as ruas do Brasil em solidariedade a Julieta e para gritar contra a barbárie, o feminicídio, a violência e o extermínio que as mulheres sofrem diariamente”, diz a convocação.

Amigos de Julieta vão prestar uma nova homenagem a artista venezuelana. Será realizada uma pedalada em memória da personagem criada por ela, a palhaça Jujuba, que vai percorrer as ruas de diversas cidades do Brasil. Campinas, Vitoria, Recife, Manaus e Salvador são algumas das cidades que vão participar. 

Em Manaus, a concentração está prevista para começar às 17h30, no Largo de São Sebastião. A saída será às 18h, e vão sair do centro em direção a Praia da Ponta Negra.

Uma das apoiadoras da ação na capital do Amazonas, Nádia Aguiar, explicou que não existe uma entidade por trás da pedala. “É um movimento horizontal, ele é orgânico. As pessoas vão se organizando e se juntando e todos se manifestam da forma que devem. As manifestações são individuais”, explicou.

Família em Manaus

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) informou que o corpo de Julieta foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) de Manaus na tarde da última terça-feira (9), pela mãe e pela irmã dela. O governo do Amazonas afirmou que prestou apoio psicossocial e logístico aos amigos e familiares da artista que se encontram em Manaus.

Julieta, que se definia nas redes sociais como migrante nômade, palhaça e cicloviajante, tinha o Amazonas como rota para chegar até a Venezuela, mas foi roubada, estuprada e teve o corpo queimado antes de ser morta no interior do estado pelo casal Thiago Agles da Silva e Deliomara dos Anjos Santos, que confessaram envolvimento no crime e foram presos.

Comunicado

El Ministerio del Poder Popular para la Cultura de la República Bolivariana de Venezuela repudia el femicidio cometido contra la artista venezolana Julieta Hernández en el territorio de la hermana República Federativa de Brasil y solicita castigo ejemplar para este abominable crimen.

Asimismo, expresa su reconocimiento al Gobierno brasileño, tanto en su nivel nacional como a las autoridades del estado Amazonas, por su colaboración para la repatriación de los restos y la atención a sus deudos.

El Gobierno Bolivariano está en contacto con familiares de Julieta Hernández para coordinar apoyo en esta hora de dolor, tanto en Brasil como en Venezuela.

El cuerpo será trasladado en vuelo de Conviasa y las exequias están previstas para este viernes 12 de enero en Puerto Ordaz, donde reside su señora madre.

Venezuela pierde con Julieta Hernández una artista integral, expresión de lo afirmativo venezolano. Egresó de la UCV como veterinaria, mención suma cum laude, fue fundadora de la Red de Payasas Venezolanas con estudios en Brasil sobre Teatro del Oprimido.

Julieta fue una verdadera embajadora de la paz en Nuestra América. Ella desarrolló en Brasil intensos contactos con movimientos sociales de esa hermana nación suramericana, manteniendo siempre en alto su prédica feminista, el amor por la infancia, por los animales, por el derecho a sonreír y por la Venezuela Bolivariana.

El Gobierno Bolivariano y la comunidad artística venezolana agradecen al hermano pueblo brasileño y a su dirigencia social los pronunciamientos y movilizaciones realizados desde el mismo momento en que Julieta desapareció con su inseparable bicicleta.

¡Ni una más!

¡Honor y gloria eterna a Julieta Hernández!

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