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Anvisa libera uso da cloroquina em pacientes graves e define dosagem

Agência é taxativa ao proibir automedicação e diz que remédio está sujeito a prescrição de um médico, uma vez que tem efeitos colaterais severos

Foto: Divulgação

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou o uso da cloroquina apenas para pacientes hospitalizados e em estado grave e determinou a dosagem específica da droga. 

As regras para o uso do medicamento estão publicadas em nota informativa do Ministério da Saúde na última sexta-feira (27).

O informativo diz: “O Ministério da Saúde do Brasil disponibilizará para uso, a critério médico, o medicamento cloroquina como terapia adjuvante no tratamento de formas graves, em pacientes hospitalizados, sem que outras medidas de suporte sejam preteridas em seu favor. A presente medida considera que não existe outro tratamento específico eficaz disponível até o momento.”

Dosagem

Para o tratamento da covid-19 em pacientes graves, a Anvisa sugere 6 dias de tratamento com hidroxicloroquina (e hidroxicloroquina em associação com azitromicina), uma vez que 70% dos pacientes estavam “sem detecção viral em relação ao grupo controle, o que em caráter preliminar, pode sugerir um potencial efeito anviral no coronavírus humano”.

De acordo com a determinação do Ministério da Saúde, tanto a cloroquina quanto a hidroxicloroquina são fármacos “indicados para o tratamento das doenças artrite reumatoide e artrite reumatoide juvenil (inflamação crônica das arculações), lúpus eritematoso sistêmico e discoide, condições dermatológicas provocadas ou agravadas pela luz solar e malária”.

Normalmente, para essas doenças, a cloroquina é ministrada entre 50mg e 150mg, enquanto a da hidroxicloroquina é de 400mg. 

Leia também: Hidroxicloroquina e azitromicina tem sucesso em mais de 50 pacientes em São Paulo https://portalvoce.com/hidroxicloroquina-e-azitromicina-tem-sucesso-em-mais-de-50-pacientes-em-sao-paulo/

Efeitos colaterais

A Anvisa alerta, porém, para os efeitos colaterais dos medicamentos e é taxativa ao proibir a automedicação.

De acordo com a agência, “os eventos adversos relatados a longo prazo devido ao uso da cloroquina incluem retinopatia e distúrbios cardiovasculares”. 

Distribuição pelo SUS

A nota do Ministério da Saúde diz ainda que, “com o aumento dos casos da covid-19 e a velocidade de transmissão do coronavírus no Brasil, projeta-se para a primeira distribuição um quantavo calculado com base no número de casos noficados no último bolem oficial do MS (25/03/2020) e um estoque de reserva”.

A pasta garante que cada estado e o Distrito Federal vão receber quantidade “suficiente para atender de imediato os pacientes hospitalizados e para o pronto atendimento de novos casos”.

Ainda segundo a Saúde, “cada paciente receberá 2 blister c/ 10 comprimidos, para evitar fracionamento. Nenhuma UF receberá menos de 4 caixas (2.000 comprimidos)”. Esse envio será feito pelo Ministério da Saúde às Secretarias de Saúde, responsáveis por repassar os remédios para os hospitais de referência.

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