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Covid-19 apresenta desaceleração no Amazonas, diz FVS

A queda no ritmo da pandemia é uma contatação da Fundação de Vigilância e Saúde e de pesquisadores de institutos de pesquisa de váios estados que emitiram nota técnica: “Situação da Pandemia de Covid-19 no Brasil”

Os números de casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, hospitalizações e óbitos causados pela doença, indicam que a pandemia está em processo de desaceleração no estado, mesmo após a reabertura das atividades. A avaliação é da Fundação de Vigilância e Saúde (FVS/AM), com base no balanço dos últimos dados do boletim epidemiológico da instituição.

Segundo os indicadores da FVS/AM, esta semana, o número de hospitalizações caiu 83%, em relação à semana passada, e os óbitos tiveram redução de 81%, apesar de ontem (7) o estado ter registrado o maior volume de novos casos deste maio.

O aumento de caso em alguns municípios do interior são resultado da testagem em massa em alguns deles, como em Coari onde foram realizados 13 mil testes com 6 mil positivos. Atualmente o município tem 1.802 registros.

“Entramos agora no ritmo de desaceleração, não só em Manaus, mas como na maioria dos municípios do estado. Embora tenhamos municípios que estão em situação de crescimento do número de casos, a maioria está tendendo à estabilidade”, informa a diretora-presidente da FVS/AM, Rosemary Pinto.

Ainda segundo ela, as últimas informações coletadas sobre a pandemia no Amazonas “nos permite afirmar que estamos no ritmo de desaceleração da pandemia atualmente em Manaus”, afirma a diretora da FVS.

Apesar da redução nos indicadores, a diretora da FVS ressalta que é necessário continuar com as medidas de distanciamento social, uso de máscara e álcool em gel.

“A tendência da população é achar que o perigo passou, que está tudo bem agora e podemos voltar aos mesmos hábitos de antes, mas isso é uma ilusão porque o vírus continua aí. Nós continuamos tendo casos novos, o que indica que ainda tem pessoas que estão se contaminando e transmitindo o vírus para outros”, alerta Rosemary Pinto.

Interior – Com 50.011 casos em 61 municípios, a pandemia no interior do Amazonas também apresenta desaceleração – teve 2.454 novos casos registrados esta segunda-feira (7).

“Temos o retrocesso na maioria dos municípios. Estamos vendo a redução do número de casos e também a redução da gravidade, mas estamos vivenciando o deslocamento principalmente nos municípios menores, mais distantes. Então os ritmos da pandemia no interior são diferentes. Ainda estamos tendo casos graves e óbitos, e agora nós vemos os pequenos municípios sendo afetados”, explica diretora-presidente da FVS.

Reabertura do comércio – Com o plano de reabertura de estabelecimentos comerciais em ciclos adotado desde 1º de junho, os dados epidemiológicos apontam que não houve impacto negativo no número de novos casos.

“À medida em que os ciclos reabrem, temos que ter um período de pelo menos 15 dias para avaliar o impacto. Então o que nós sabemos é que o primeiro ciclo não levou a um grande impacto no número de casos em Manaus, porque o número continuou descendo, tanto de casos quanto de hospitalizações e óbitos. Com a reabertura do segundo ciclo, estamos agora no período de avaliação desse impacto. São 15 dias em que nós temos que esperar para ver se, de fato, essa flexibilização leva ou não ao aumento de casos”, informa Rosemary Pinto.

Nota técnica –
A desaceleração da pandemia no Amazonas também foi constatada na nota técnica “Situação da Pandemia de Covid-19 no Brasil”, feita por oito pesquisadores de institutos de Pesquisa e Ensino: Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ-RJ), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), Senai Cimatec, Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Universidade de Brasília (UnB), CIFMC e FCE.

O estudo afirma que o número de reprodução básica no Amazonas é de 0,96, levando em consideração dados de 1º de junho. O índice representa o número de pessoas contaminadas por uma pessoa infectada com Covid-19 e é o segundo mais baixo do país, atrás apenas do Maranhão.

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