
A mineração Taboca vai paralisar suas atividades na mina do Pitinga, na reserva indígena Walmiri-Atroari, em Presidente Figueiredo. A empresa anunciou que vai suspender a exploração mineral, a partir do próximo dia primeiro de abril e dar férias coletivas seis dias depois (6), por um período inicial de 15 dias. Segundo comunicado da mineradora, o retorno ao trabalho vai depender de uma reavaliação das novas medidas e das ações das autoridades federais, estaduais e municipais para conter o avanço da pandemia do coronavírus.
Durante os 15 dias alguns dos 1.200 funcionários continuarão trabalhando para manter atividades essenciais e dar continuidade ao funcionamento da empresa, outros passarão a atuar em regime de home office e atender outras necessidades, segundo o documento emitido pela mineradora.
“A Mineração Taboca adota como prioridade a preservação e o bem estar, saúde e segurança de todos os seus empregados e parceiros. Por acreditar que todos devemos nos unir, em prol da prevenção, evitando o aumento da proliferação da Covid-19, decidimos suspender as atividades”, informa a nota da empresa que comunica ainda o fechamento temporário das unidades de Pirapora e Alphaville.
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A mina de Pitinga foi aberta nos anos 80 para a exploração e extração de vários minerais, entre os principais deles o estanho, ferro, nióbio e tântalo. Os minérios são usados em componentes eletrônicos e até em usinas nucleares.
A mina está localizada a 300 km de Manaus, com acesso pela BR-174 onde implantou um complexo urbano-industrial, a Vila do Pitinga, com habitação, educação, saúde, energia e telecomunicações, fazendo do empreendimento um dos mais importantes projetos industriais do país.
Investimentos realizados pela mineradora visam aumentar produção da mina, via extração de minérios diretamente da rocha bruta em substituição a lavra de aluvião mecanizada. Com o aproveitamento da rocha primária além de fornecer novos minerais, otimiza e pereniza a extração de cassiterita. O objetivo deste projeto é atingir a produção de 10.500 toneladas de estanho refinado por ano, podendo, numa fase seguinte de expansão, atingir até 14.000 ton/ano.


