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Pedidos de UTI aérea para remoções de pacientes de Covid-19 aumentam mais de 60%

A Secretaria Estadual de Saúde (Susam) registrou um aumento no número de pedidos para a transferência de pacientes de Covid-19 do interior do estado para Manaus. A demanda de remoções de pacientes graves, suspeitos e confirmados do novo coronavírus nas UTIs aéreas teve um aumento em torno de 60% a 70% dos voos realizados.

O Estado dispõe, atualmente, de sete aeronaves para fazer o transporte de pacientes do interior, sendo um hidroavião, dois monomotores, dois bimotores e dois jatos utilizados para longas distâncias. Cada aeronave tem capacidade para transportar até dois pacientes por voo.

Desde o início da pandemia, 120 pacientes já foram transportados do interior para a capital nessas aeronaves. Um fluxo exclusivo para Covid-19 foi montado e opera em paralelo ao atendimento de pacientes com outras enfermidades, que também necessitam de transferência.

“A Susam intensificou o número de aeronaves. Antes nós trabalhávamos com três aviões, fizemos um aditamento de contrato em que mais três são direcionadas, exclusivamente, para transporte dos pacientes agravados no interior”m, informou a secretária da pasta, Simone Papaiz.

Segundo a secretária, os 50% a mais têm feito com que seja realizado o atendimento porque o número dos casos confirmados no interior têm aumentado. “Esses pacientes agravam, precisando, então, de uma assistência de alta complexidade e de vir para a capital”, ressalta.

Cada unidade que realiza remoções tem uma equipe de um médico intensivista, um enfermeiro intensivista, além de equipamentos e insumos para fazer o transporte adequado dos pacientes. Cada paciente viaja com um acompanhante.

Preparação e limpeza

O processo de montagem da UTI aérea inicia muito antes da decolagem. Antes de acontecer a remoção, temos todo um processo pra depois a coisa acontecer.

“Quando o avião decola pronto, com a UTI toda montada, respiradores, maca, teve todo um processo, toda uma situação para que tudo corra bem. A gente chega ao município, vai ao hospital e pega o paciente. Tem que montar a aeronave, colocar maca, oxigênio, toda uma logística de cilindro, mais a equipe médica. Para isso acontecer, todo o processo é feito anteriormente”, segundo o coordenador de fluxo de UTIs, Edson Rodrigues.

O cuidado com a limpeza da aeronave, antes e depois de receber o paciente, é redobrado e inclui a utilização de ozônio para eliminar micro-organismos. A equipe retira todo o material. Deixa o avião por uma hora e depois (procedimento com o ozônio), ela fica mais seis horas parada.

Após esse processo, o avião fica disponível para o pessoal da limpeza entrar e fazer a higienização, desinfecção geral e disponibilizar novamente essa aeronave para fazer o novo voo.

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