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Covid-19 volta a matar no Amazonas: cinco vítimas, todas com vacinação atrasada

Cenário é ainda mais preocupante porque vive aumento de dengue e da febre Oropouche

Cinco mortes foram registradas por Covid-19, no Amazonas, em 2024, segundo informações da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).

Dos cinco óbitos, três pacientes apresentavam comorbidades.

A FVS-AMinformou que as cinco mortes registradas pela doença este anos, aconteceram no período de 8 a 14 de janeiro. Sendo que, três pessoas eram do sexo feminino e duas pessoas do sexo masculino.

Ainda de acordo com a fundação, dos cinco óbitos, três pacientes apresentavam comorbidades.

Além disso, todos estavam com o esquema vacinal desatualizado com aplicação de vacina de reforço em atraso.

Em meio a alta de dengue e a esses casos de Covid, o Estado teve casos febre Oropouche mais que triplicados.

Com sintomas e transmissão semelhantes aos da dengue, a febre Oropouche tem deixado o Amazonas em alerta, em 2024.

Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), de 1º de janeiro até quinta-feira (22), o estado registrou 1.398 casos confirmados da doença, número três vezes maior do que foi registrado no ano passado, quando foram contabilizados 445 casos.

O cenário é ainda mais preocupante ao comparar com a estatística nacional. Em 2023, o Brasil teve um registro de 773 casos, dos quais 99% ocorreram na região Norte, conforme o Ministério da Saúde.

De acordo com o pesquisador da Fiocruz e especialista em vetores, Sérgio Luz, o mosquito Culicoides paraense, conhecido popularmente como maruim ou mêruim, é o principal transmissor do vírus que pode causar a doença. Na língua indígena Nheengatu significa mosca- pequena. Ele é 20 vezes menor que o aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

“Na literatura, o maruim é descrito como o melhor vetor desse vírus para os humanos. Entretanto, esse pequeno mosquito se cria mais em ambientes próximos à floresta, fragmentos de floresta ou até mesmo em quintal, onde a pessoa tenha muita terra. Mas na área urbana, ele não é muito presente”, explicou o especialista.

No Brasil, o Oropouche é considerado um dos mais importantes arbovírus (vírus transmitidos por picadas de mosquito), que infectam humanos na região amazônica. Além de ser a segunda doença febril mais frequente no país, ficando atrás somente de casos da dengue.

Os sintomas entre a dengue e a Oropouche são parecidos:

  • Febre alta;
  • Dores de cabeça, musculares e nas articulações;
  • Calafrios, às vezes acompanhados de náuseas, vômitos;
  • Erupção cutânea.

A FVS-AM explicou que a identificação dos casos confirmados de febre Oropouche ocorre a partir de diagnostico feito por meio de testagem de pacientes notificados e com resultados negativos para dengue.

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