Diante do cenário atual de alta da média diária de casos de Covid-19 e Influenza, o Comitê de Crise da Secretaria de Saúde (SES-AM) realizou uma visita preventiva ao Hospital de Combate à Covid-19 Nilton Lins, que serviu de apoio durante no pico da pandemia em Manaus e está desativado, e ao Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV).
O boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) atualiza, da sexta-feira (7), desta sexta-feira (7), aponta um cenário preocupante no estado com a identificação de 1.203 casos de Influenza A e 363 novos casos de Covid-19.
A visita técnica teve o objetivo de avaliar a possibilidade de uso da estrutura dessas unidades num eventual caso da crescente onda da nova variante Ômicron e o aumento dos registros de Influenza, ou até mesmo das duas juntas, a Flurona, que começam a pressionar o sistema de saúde.
O Nilton Lins está requisitado pelo governo do Estado desde 25 de janeiro de 2021. Ele está à disposição da SES-AM por medida de precaução. A unidade é exclusiva para pacientes diagnosticados com Covid-19 e, segundo o secretário de Saúde e coordenador do Comitê de Crise, Anoar Samad, ela pode estar apta para entrar em operação num prazo de 10 dias.
“Quando apareceu a variante Delta, achamos prudente não entregar o hospital e observamos por 60 dias. Em novembro, veio o período nevrálgico e ficamos segurando, pois cada hora é uma novidade, como a Ômicron e a H3N2. Estamos com receio de piora nos próximos 15 ou 20 dias, com isso revisamos todo o hospital”, afirmou Samad.
A estrutura do Hospital de Combate possui 81 leitos clínicos e 22 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) à disposição do governo do Estado. A orientação do secretário é que a unidade esteja pronta para receber pacientes.
No Getúlio Vargas, de gestão federal, Samad solicitou um Plano de Cooperação no Enfrentamento às SRAGs – Síndromes Respiratórias Aguda Grave -, incluindo a disponibilização de 54 leitos clínicos e 20 leitos de UTI, que estão desocupados na unidade.
Neste primeiros dias do ano, a SES e a FVS vem intensificando a testagem no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes de Manaus nos passageiros que desembarcam na capital amazonense. Os testes não são obrigatórios, mas esta semana eles identificaram duas passageiras com a ‘Flurona’, quando há a infecção pela Covid-19 e a Influenza ao mesmo tempo.
