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Covid: manauara relaxa na prevenção e cidade tem alta de 6% na ocupação de UTI

Manaus começa a sentir os efeitos do feriadão de 7 de Setembro, festas, convenções e confraternizações com o aumento de transmissão e internações pelo coronavírus, alerta a FVS-AM

De acordo com a FVS-AM, o manauara anda relaxando com os cuidados que deve ter para manter o coronavírus a uma distância segura. A falsa sensação de segurança em relação a pandemia levou a população a uma retomar uma rotina de comportamento que vem favorecendo a propagação do vírus.

O aumento das atividades que geram aglomerações como festas, churrascos com amigos ou em família, frequência em balneários (incluindo a Ponta Negra), bares, casas noturnas, festas, confraternizações de aniversário e casamento, entre outros eventos, tem aumentado a transmissão do vírus e a consequente internação e ocupação de leitos na rede de saúde pública e privada, principalmente por pacientes na faixa dos 30 a 49 anos.

De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Manaus tem atualmente uma taxa de ocupação de 47,4% nos leitos de UTI e 46% dos leitos clínicos destinados à Covid-19 na rede pública, e 72,8% dos leitos de UTI e 67% de leitos clínicos na rede privada.

Esses números representam um aumento da ocupação em 6% nos leitos públicos de UTI e 10% nos leitos privados. Nos leitos clínicos, houve um crescimento de 20% de ocupação na rede pública e 30% na rede privada.

A FVS-AM alerta que, apesar da substancial queda no número de novos casos, internações e óbitos no estado até o fim de agosto, o Amazonas ainda permanece com circulação viral de Covid-19 na capital e no interior do estado em plena pandemia.

Os indicadores monitorados pela FVS-AM apontam uma desaceleração na queda da média móvel de casos e um movimento de alta na média móvel de internações pela doença. E isso caracteriza que ainda há um controle e o estado não vive uma segunda onda da doença.

Conforme balanço no último dia 11 de setembro, a média móvel de casos caiu 0,2% em Manaus nos últimos 14 dias anteriores.

Na avaliação da FVS-AM, essa desaceleração na queda de casos e aumento de internações é reflexo das aglomerações, cada vez mais frequentes, ocasionadas por uma parcela significativa da população que não adotou e, cada vez mais, está abandonando as medidas não farmacológicas preconizadas (como distanciamento social, não aglomeração, uso constante de máscara e lavagem frequente das mãos).

“Estamos agindo de forma preventiva e responsável. Mantendo a estrutura e adequando a rede, com disponibilidade de leitos clínicos e de UTI”, afirmou a diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Pinto, que acompanha de perto os dados do coronavírus.

“Estamos atentos para qualquer mudanca de comportamento da epidemia e de imediato junto com a SES-AM, tomando todas as providencia para que a atenção seja mantida”, reforça a presidente da FVS..

O padrão da pandemia apresenta maioria de pacientes maiores de 60 anos e os com comorbidades, que entraram em contato com quem se expôs em aglomerações e não cumpriu as regras de segurança e os protocolos definidos para o processo de flexibilização e retorno gradual dos serviços e comércio, o que tem colocado em risco todas as medidas que foram adotadas pelo Estado para contenção.

Por medida de precaução e para que seja possível avaliar a permanência de uma curva de crescimento de internações, a Secretaria de Saúde (SES-AM) está readequando o plano macro de reabertura do Hospital Delphina Aziz, que permanecerá sendo a unidade referência para o tratamento de Covid-19. A Secretaria informa, ainda, que trabalha para manter o cronograma de abertura do Parque de Imagens do Delphina.

“Precisamos informar à população que as medidas de prevencao e controle que devem ser obedecidas neste momento , sendo a unica forma de evitar o recrudescimento dos casos. Precisamos da total adesão de todos nesse momento”, recomenda RosemaryPinto.

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