
O governador do Amazonas, Wilson Lima, disse que em 15 dias pode colocar o estado em estabilidade. A informação foi dada em entrevista a rede CNN Brasil sobre o atual quadro da pandemia do coronavírus no país. Segundo a emissora, nesta sexta-feira (26) ,12 estados, mais o Distrito Federal, estão com restrições de circulação da população e 17 capitais brasileiras bem próximo do colapso do sistema de saúde.
O noticário da rede tem mostrado uma situação no Brasil pela qual o Amazonas, principalmente sua capital Manaus, passou em janeiro último com um novo pico da pandemia.
De acordo com as informações da rede de notícias, atualmente não adianta ser rico ou ter plano de saúde porque não tem leito para internação de pacientes de Covid-19 nas UTIs públicas e particulares, em 17 capitais. No Paraná, que suspendeu as aulas até o próximo dia 8, cerca de 500 pacientes esperam na fila de internação.
Nesta sexta-feira (26) no Distrito Federal, havia apenas um leito adulto e um infantil e capital brasileira entrou em lockdown. Em São Paulo, o hospital Sirio-Libanês, ontem à noite (25), tinha uma fila de 22 pessoas, todos de fora da capital paulista, aguardando internação da UTI do hospital – hoje tem 97% de taxa de ocupação.
No Hospital Israelita Albert Einstein, a taxa total de ocupação era ontem de 99%. No Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a taxa de UTI para Covid está em 91%. No Beneficência Portuguesa (BP), a taxa dos leitos de internação para infectados era de 97,87% nas UTIs.
Segundo a Asssociação dos Hospitais de São Paulo, de cada 10 hospitais particulares, sete estão com a taxa de ocupação de Covid-19, entre 80 a 100%. Atualmente a rede tem recebido 307 pacientes vindos de outras cidades.
A alta tem sido associada por médicos e especialistas aos efeitos das aglomerações, incluindo o Carnaval. O perfil dos pacientes de Covid na UTI vem mudando nos últimos meses e hoje tem um número de pessoas mais jovens internadas, mas, segundo a secretaria de Saúde de São Paulo, 46% dos internados no sistema hospitar com mais de 70 anos morrem.
Ouvido pela jornalista Renata Agostini no Expresso 360 da rede, o governador do Amazonas, afirmou que as medidas mais restritivas foram decisivas para a situação mais flexivel hoje no estado, que chegou a ter uma fila de espera para internação de 700 contaminados pelo vírus – atualmente caiu para 100.
“A fase mais aguda ficou para trás”, afirmou o governador. Segundo ele, essa fase será superada em pouco tempo e por isso flexibilizou a reabertura dos shoppings, do comércio de rua, obras e reduziu o lockdown, que chegou a ser de 24 e atualmente é das 19h às 6h da manhã.
“Mas estamos acompanhando os números da Fundação de Vigilância em Saúde e da Secretaria de Saúde do Amazonas e podemos voltar atrás, em caso de novas altas do numero de novos casos e internações”, disse Wilson Lima.
Para o governador amazonesse, “se não houvesse as medidas restritivas severas” o estado não estaria na situação atual de queda de internações e mortes, que passsaram de 200/dia em janeiro.
“Com a vacinação e as medidas restritivas, em 15 dias podemos colocar o estado em estabilidade”, finalizou.