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CPI da Covid chama de Fabio Wajngarten e Ernesto Araújo

Após as primeiras oitivas com os ex-ministros da Saúde do governo Jair Bolsonaro, a CPI da Covid vai ouvir na próxima semana o ex-secretário de comunicação da Presidência Fábio Wajngarten e representantes da Pfizer para tratar de ações e possíveis omissões do governo federal na aquisição de vacinas contra o novo coronavírus.

O ex-chanceler Ernesto Araújo também prestará depoimento na condição de testemunha para falar das tratativas internacionais durante a pandemia. Os requerimentos foram aprovados na sessão desta quarta-feira do colegiado, após o depoimento do ex-ministro da Saúde Nelson Teich.

Na próxima terça-feira, a CPI tem previsão de ouvir Wajngarten, o ex-presidente da Pfizer Carlos Murilo e a atual presidente da farmacêutica, Marta Díez.

A convocação do ex-secretário de comunicação ganhou força depois que ele afirmou, em entrevista à Veja, que o Brasil não comprou vacinas da Pfizer por incompetência e ineficiência. O ex-secretário relatou ter se envolvido nas negociações ainda em setembro de 2020 e afirma que a falta de evolução na negociação atrasou o início da imunização no país, gerando mais mortes.

Após o depoimento de Wajngarten, na quarta-feira, a CPI tem previsão de ouvir, em conjunto, o diretor do instituto Butantan, Dimas Covas, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.

No dia seguinte, será a vez de a CPI ouvir o ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo, que recentemente adotou tom crítico ao governo. Para ele, a gestão Bolsonaro virou uma “administração tecnocrática sem alma nem ideal”.

O foco com a convocação de Ernesto é a atuação do Brasil em âmbito internacional para verificar quais foram as ocasiões em que o ministério atuou para conseguir vacinas e insumos para o país e se questões ideológicas provocaram o insucesso da empreitada.

Ainda na quinta-feira, será convocado o empresário Fernando de Castro Marques, dono da União Química, que vai fabricar a vacina Sputnik V contra a Covid-19 no Brasil.

O comando da CPI afirmou que não considera ser o momento ideal para convocar o ministro da Economia, Paulo Guedes, como chegou a ser cogitado. Presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM) disse que é provável que Guedes seja chamado “no momento certo”.

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