Entre as autoridades que também podem ser convocadas, estão representantes do Fórum dos Governadores e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, além do prefeito de Manaus (AM), David Almeida, e do secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo.
Durante sessão nesta quinta-feira (29), a CPI da Covid no Senado aprovou a convocação dos ex-ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello, e do atual ministro, Marcelo Queiroga, para que prestem depoimento sobre ações realizadas pelo governo federal durante a pandemia. Todos irão depor na condição de testemunhas.
Além dos quatro ministros que passaram pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, também será ouvido o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres. Os depoimentos devem começar a partir da próxima terça-feira (4); o de Barra Torres está previsto para a quinta (6).
Confira como ficou o roteiro de convocações:
- Terça-feira (4/5): ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich;
- Quarta-feira (5/5): ex-ministro Eduardo Pazuello;
- Quinta-feira (6/5): ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres.
O roteiro de convocações votado e aprovado foi definido pelo comando do colegiado na noite dessa quarta-feira (28/4). Após as oitivas com as autoridades sanitárias, o colegiado deverá se reunir, novamente, para definir quem serão os convocados entre os dias 10 e 12 de maio.
Todas as convocações ocorrerão na forma de testemunha. Trata-se de estratégia do comando da CPI para evitar que os convocados façam uso do direito de permanecer em silêncio durante as oitivas da comissão.
Requerimentos – Até a manhã desta quinta-feira, mais de 280 requerimentos já foram apresentados. Há pedidos de convocação de outros ministros do governo: Paulo Guedes (Economia), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União).
Senadores também pedem a convocação de ex-auxiliares, como Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, e Fabio Wajngarten, ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República.
Ernesto Araújo deve ser ouvido sobre o processo de aquisição de insumos e vacinas no mercado internacional quando comandava o Itamaraty. Já Wajngarten pode prestar esclarecimentos sobre entrevista que concedeu à revista Veja na qual afirmou que houve “incompetência” e “ineficiência” de gestores do Ministério da Saúde para negociar a compra de imunizantes.
Há ainda um pedido para a convocação do ex-comandante do Exército Edson Pujol. Durante a gestão do general, o Laboratório do Exército intensificou a produção de cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada contra a Covid-19.
O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, também figura entre os potenciais convocados. Ele deve falar sobre análise e registro de imunizantes, falhas no planejamento de fornecimento de insumos básicos, como oxigênio e medicamentos, e outras ações de vigilância sanitária.
Um requerimento à Presidência da República solicita informações sobre os deslocamentos de Bolsonaro pelo comércio de Brasília e entorno do Distrito Federal desde março do ano passado. Além de datas e locais frequentados, pede-se uma planilha com listagem de todas as autoridades envolvidas nas movimentações.
Estratégia governista – Senadores aliados ao Palácio do Planalto apresentaram requerimentos de convocação e pedidos de informação para apurar supostos desvios de recursos repassados pela União a estados e municípios.
Entre as autoridades que podem ser convocadas, estão representantes do Fórum dos Governadores e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, além do prefeito de Manaus (AM), David Almeida, e do secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo.