Integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro querem ouvir o advogado Frederick Wassef sobre a recompra do relógio Rolex avaliado em mais de R$ 300 mil, estando ele supostamente endividado. De acordo com os parlamentares do colegiado, a movimentação financeira de Wassef pode ajudar a esclarecer o que eles chamam de um “projeto de golpe de Estado”.
A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) afirmou que a CPMI já pretendia chamar Wassef por causa de seu envolvimento no suposto esquema de desvio e venda de presentes recebidos por Jair Bolsonaro enquanto ocupava a Presidência. Agora, na avaliação da senadora, a decisão sobre a convocação tende a ser acelerada.
Atualmente, há seis requerimentos que pedem a convocação de Wassef como testemunha na CPMI do 8 de Janeiro, além de três pedidos de quebra de sigilo – todos na esteira da Operação Lucas 2:12, da Polícia Federal, sobre a venda de joias e presentes no exterior.
“Estamos analisando que muito dinheiro que transitou nesses últimos meses, principalmente após o segundo turno, foi para financiar o golpe de Estado”, afirmou Soraya.
Na semana passada, a PF intimou Wassef, Bolsonaro e outras seis pessoas a prestarem depoimento sobre o caso das joias no próximo dia 31.
*AE