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Crise e pandemia fecharam 150 escolas particulares no Rio

Estado pode viabilizar financiamento de R$ 150 milhões às escolas particulares

A crise econômica e a pandemia do novo coronavírus provocaram o fechamento de 150 escolas particulares na região metropolitana do Rio de Janeiro, segundo estudo da Urca Capital Partners. O Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Rio de Janeiro (Sinepe-Rio) estima que, pelo menos, 200 das 2.200 instituições devem fechar as portas na capital carioca ao longo deste ano.

“As matrículas estão em média 25% menores do que no início de 2020. O que ficou claramente apontado na pesquisa foi em relação ao ensino infantil – maternal e pré-alfabetização. Muitas escolas fecharam as portas ou encerraram este segmento”, explicou Leonardo Nascimento, sócio-fundador da Urca Capital Partners, empresa de serviços corporativos financeiros que atua no setor de educação.

“Nesse período turbulento, os pais resolveram tirar os alunos. Muito por conta da dificuldade da criança, nessa idade, de acompanhar o ensino a distância”, afirmou ele, que é o responsável pela coleta de dados na região metropolitana do Rio.

O diretor do Sinepe-Rio, Lucas Werneck Machado alega que, mesmo antes da pandemia, as instituições já enfrentaram uma crise financeira, o que acabou sendo agravada pela Covid-19.

“Uma escola não é uma papelaria que fecha da noite para o dia. Por exemplo, o Colégio Metodista Bennett, centenário, no bairro do Flamengo, fechou no fim do ano passado. Mas houve um processo porque há responsabilidade com os alunos e famílias”, disse.

Segundo Machado, agora há um prejuízo grande ainda para uma geração de crianças e adolescentes que perderam contato com colegas e professores. “O calendário voltará, mas seguindo rigorosamente as orientações sanitárias”, afirmou Machado.

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