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Livros escritos por fantasmas são fascinantes para amantes de mistério e entusiastas do sobrenatural. Esses livros não falam sobre fantasmas, mas foram supostamente produzidos por espíritos de autores já falecidos.
Durante o período entre os séculos XIX e XX, conhecido como a era de ouro do espiritismo, várias pessoas afirmaram ter se comunicado com espíritos que ditaram palavras para escrever volumes inteiros. A seguir, apresentamos seis exemplos intrigantes cuja origem continua sendo um enigma.
Jap Herron, de Mark Twain e Emily Grant Hutchings
Publicado em 1917, sete anos após a morte de Mark Twain, este romance conta a história de um jovem pobre que, com a ajuda de um casal generoso, se torna um nobre e restaura sua cidade natal. Hutchings afirmou que a obra foi ditada por Twain através de um tabuleiro Ouija. O rumor resultou em um processo, e Hutchings concordou em cessar a publicação do livro em 1918.
Historical Revelations, do Imperador Juliano e Thomas Cushman Buddington
Este livro, datilografado por Thomas Cushman Buddington em 1886, é supostamente escrito pelo Imperador Juliano, mais de 1500 anos após sua morte. A obra critica o cristianismo, classificando-o como uma “religião falsa” que gerou violência e estagnou o desenvolvimento da Europa.
My Tussle With the Devil and Other Stories, de O. Henry e Albert Houghton Pratt
Publicado em 1918, esta coleção de contos é atribuída a William Sydney Porter, conhecido como O. Henry, oito anos após sua morte. O médium Albert Houghton Pratt alegou ter conversado com o escritor falecido através de um tabuleiro Ouija.
To Woman, de Meslom e Mary McEvilly
Publicado em 1920, este livro foi supostamente ditado por um espírito chamado Meslom para a médium francesa Mary McEvilly. Meslom, com suas ideias machistas, orientou McEvilly a escrever sobre o papel da mulher na sociedade, coincidindo com a conquista do direito ao voto pelas mulheres nos EUA.
Hope Trueblood, de Patience Worth e Pearl Curran
Patience Worth, um espírito famoso, é creditada por diversos romances, poemas e peças de teatro, incluindo Hope Trueblood, publicado em 1918. Pearl Curran, a “canalizadora” dos textos, narra a história de uma garota inglesa em busca de seu pai.
A Wanderer in the Spirit Lands, de Franchezzo e A. Farnese
Este livro descreve a jornada do espírito Franchezzo pelo mundo espiritual, ditado a A. Farnese. Com 300 páginas, a obra narra a viagem do inferno ao céu.
A fascinação por livros escritos por fantasmas revela não apenas um interesse pelo sobrenatural, mas também uma curiosidade sobre os limites da criatividade humana e a possibilidade de comunicação com o além.
Essas seis obras misteriosas exemplificam a rica e, muitas vezes, controversa interseção entre literatura e espiritismo.
Cada um desses livros levanta questões sobre autenticidade, crença e o poder das histórias que transcendem a vida e a morte.
Sejam eles vistos como fraudes engenhosas ou verdadeiras mensagens do além, os livros escritos por fantasmas continuam a capturar a imaginação e a inspirar debates apaixonados.
