Prefeitura se comprometeu a retirar parcela do banco de areia do rio, permitindo a chegada de balsas com combustível para a usina termelétrica
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) instaurou um Procedimento para Apuração de Danos Coletivos (PADAC) em razão de racionamento de energia em Benjamin Constant (a 1.116 quilômetros de Manaus). Por conta da seca, a fornecedora de energia está sem combustível.
Em razão da estiagem, o acesso a Benjamin Constant pela via fluvial tem se tornado cada vez mais difícil. O defensor público Ícaro Costa explica que o município ficou em racionamento de energia em razão da ausência de melhor organização dos entes envolvidos para lidar com uma tragédia anunciada.
A geração de energia é feita por termelétrica e o combustível para a usina chega por balsa na cidade. Porém, a embarcação que trazia o diesel ficou emperrada por conta da baixa do rio. Assim, a cidade entrou em racionamento.
“Durante essa semana, de segunda à quinta, eram cinco horas com energia e cinco horas sem. A Defensoria Pública não conseguiu nem atender porque tivemos que fechar as portas de 9h até 13h, quando não havia energia. Entre 17h e 18h voltava a faltar novamente e assim ia sucessivamente”, explicou.
“Então, me reuni hoje com a Amazonas Energia (distribuidora), com a Aggreko (geradora) e com a Prefeitura de Benjamin para que pudéssemos traçar um planejamento para a solução desse caso. A prefeitura se comprometeu a colocar dragagens para retirar parcela da areia que está impedindo as balsas de chegar no seu destino final”, disse o defensor.
Na segunda-feira, o Rio Javari, que banha Benjamin Constant, atingiu a cota de 17,1m.