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Defensoria Pública garante acordo para famílias de deslizamento no Fazendinha

Mais de 30 famílias atingidas por um deslizamento de terra na comunidade Fazendinha 2, na Zona Norte de Manaus, conseguiram, na última sexta-feira (4), um acordo de indenização e remoção da área de risco. O acordo foi intermediado pela Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), por meio do Defensoria Especializada em Interesses Coletivos (DPEIC), após ser procurada pela Secretaria Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Semhaf).

O deslizamento ocorreu no último dia 19, na Rua da Paz, deixando dezenas de moradores em situação de vulnerabilidade. Em resposta, a Defensoria articulou uma reunião com a Secretaria Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Semhaf) e representantes do Município de Manaus, resultando em um acordo emergencial.

O acordo firmado prevê o pagamento de auxílio-moradia no valor de R$ 600 para cada um dos 24 núcleos familiares atendidos, até que seja apresentada uma solução definitiva de moradia. Além disso, está prevista a retirada das famílias da área de risco. As soluções habitacionais incluem o reassentamento em apartamentos ou em lotes dentro do novo loteamento popular que está sendo implantado pelo município, a depender da necessidade e perfil de cada família.

O defensor público Carlos Almeida Filho, titular da DPEIC, ressaltou o trabalho conjunto entre as instituições envolvidas. “Esse é um esforço conjunto da Defensoria Pública com a Prefeitura de Manaus. A Semhaf está realizando, pela primeira vez, um loteamento popular, com o objetivo de oferecer qualidade de vida para essas famílias. É uma iniciativa importante, pois estamos garantindo o direito fundamental à moradia para pessoas que foram diretamente atingidas por uma tragédia”, destacou.

Carlos Almeida também informou que a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) deve iniciar, já na próxima semana, os atendimentos sociais necessários, viabilizando o pagamento dos auxílios e a remoção das famílias para locais seguros.

O secretário da Semhaf, Jesus Alves, reforçou o compromisso com a dignidade dos beneficiados. “A gente está fazendo como se fosse para a gente morar lá mesmo. Se você acha que não vai se adaptar morando em apartamento, não vá para apartamento. Por isso, também oferecemos a opção de terras. O importante é que as famílias escolham aquilo que vai garantir mais dignidade e qualidade de vida”, completou.

Os próximos passos incluem a homologação dos acordos individuais, o pagamento do auxílio e a retirada dos moradores da área afetada. A Defensoria Pública seguirá acompanhando todas as etapas até que as famílias estejam reassentadas com segurança e dignidade.

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