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Defesa da família de ex-sinhazinha nega seita e rituais, mas namorado confirma

Ex-namorado de Djidja Cardoso presta depoimento à polícia - MSKTV

Advogados que representam familiares da ex-sinhazinha do Boi Garantido empresária e ex-Sinhazinha do Boi Garantido, Dilemar Cardoso Carlos da Silva, a Djidja, de 32 anos, negaram a existência de um seita e a prática de rituais pelos clientes. Mas o ex-namorado da vítima, Bruno Roberto, confirmou que participou e saiu quando teve que cooptar pessoas para entrar na seita.

“Não existia seita, eu sou testemunha ocular, que sob efeito de drogas, eles pregavam a filosofia prevista no livro Cartas de Cristo, mas não existia seita, não existia envolver funcionários. Não existia rituais satânicos, que envolvam animais”, disse a advogada Lidiane Roque, em entrevista.

Sobre as acusações contra Ademar Cardoso, irmão de Djidja, de estupro, cárcere privado e injetar drogas sem o consentimento de uma ex-namorada, a advogada ressaltou que o processo está em andamento e a defesa vai se pronunciar quando tiver mais detalhes.

“A família Cardoso, especificamente Djidja, Cleusimar e Ademar, de fato, infelizmente, perdeu o controle. Eles se tornaram dependentes químicos”, disse.

“A decisão de começar a usar drogas é individual. Todas as pessoas envolvidas são adultas, isso é muito importante. Por que dizemos não existe seita, não existe ritual macabro: porque todos deles, os vídeos que circulam na internet, todos esses elementos de prova, são fruto de alucinações extremamente severas de uma droga que está destruindo famílias”.

Segundo a defesa, as seringas encontradas nas sedes do salão continham produtos como shampoo e condicionador. Além disso, os advogados negaram que as unidades da rede de salão tenham sido usadas para o armazenamento ou consumo de drogas.

Segundo a Polícia Civil, a Operação Mandrágora, deflagrada na semana passada, mirava membros de uma “seita religiosa, responsáveis por fornecer e distribuir a substância cetamina, além de incentivar e promover o uso da droga de forma recreativa”.

Depoimento

O ex-namorado de Djidja, Bruno Roberto, prestou depoimento na Polícia Civil do Amazonas e confirmou a existência da seita e dos rituais. Segundo delegado, Cícero Túlio, que está à frente de um dos inquéritos que apura a morte da ex-Sinhazinha, disse que participou de algumas sessões e que havia cooptação para trazer pessoas para a seita.

Ainda segundo o delegado, no dia da morte da empresária, ele teria ido a casa dela para tentar convencê-la a deixar aquele ambiente.

Personal trainer, o ex-namorado da ex-Sinhazinha chegou a fazer uma tatuagem relativa ao grupo religioso, que depois foi coberta por uma outra.

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